André Ventura anunciou que o Chega vai retirar o apoio parlamentar ao governo dos Açores, onde é um dos partidos, juntamente com a Iniciativa Liberal, que suporta a coligação PSD/CDS, liderada por José Manuel Bolieiro.

“Rui Rio deixou claro que ‘abdicará de governar caso tenha de se entender com o Chega’ e é insustentável que um partido sustente esses apoios depois dessas palavras de um líder nacional”, referiu o líder do Chega em conferência de imprensa, dizendo que Rui Rio “não merece a consideração do Chega” e que “o partido não merece qualquer apoio”.

Com estas declarações, André Ventura deu indicações ao deputado José Pacheco — o único do partido após a saída de Carlos Furtado — para que deixe cair já o governo regional no orçamento que vai ser votado dentro de dias, pelo facto de o PSD, nas palavras do líder do Chega, “não se ter comprometido nas lutas contra a corrupção, com a diminuição do tamanho do Governo e na luta contra a subsidiodependência”.

André Ventura culpa o PSD de ter tido uma “atitude nacional e regional de hostilização do Chega” e justifica, dessa forma, o fim do acordo parlamentar que o Chega assinou com o executivo de José Manuel Bolieiro.

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Apesar da decisão, e de o líder do Chega ter dado uma “recomendação” para que o partido ponha fim ao acordo nos Açores, José Pacheco dará uma conferência a confirmar a decisão (e a revelar se segue ou não as indicações da direção nacional).

“O Chega não deseja eleições nos Açores, mas o que basta, basta”, apontou o líder do partido, frisando que “não é possível haver dois PSD e dois Chega”. “Ou há linhas de uma plataforma de entendimento ou há linhas de absolutamente nada”, atirou André Ventura.

O líder do Chega diz assim que, com este cenário, o partido fará o caminho para as legislativas de 2022 sem nenhum acordo possível com os sociais-democratas.

Bolieiro diz que declarações de André Ventura não perturbam Governo dos Açores