A Farfetch, uma plataforma de moda de luxo e o primeiro unicórnio (empresa avaliada em mais mil milhões de dólares) com ADN português, teve um crescimento de 28% entre julho e setembro deste ano em relação ao período homólogo de 2020 no valor bruto das vendas realizadas que superaram os mil milhões de dólares. O que levou a que as receitas da empresa tenham crescido 33% para 583 milhões face ao período homólogo do ano passado.
Já quanto aos resultados operacionais, o EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] ajustado passou para cinco milhões de dólares, um crescimento de 15 milhões de dólares quando comparado com o período homólogo de 2020, em que o valor tinha sido negativo.
Segundo os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2021 da empresa, divulgados esta quinta-feira, a empresa teve um lucro trimestral de 769 milhões de dólares (cerca de 676 milhões de euros). Há um ano, no mesmo período, tinha tido prejuízos de 536 milhões.
Como explica a empresa, estes valores incluem “901 milhões de benefícios não monetários resultantes do impacto da descida do valor da ação de itens detidos a um valor justo de mercado e a redimensionamentos”, o que influenciou estes resultados positivos. Desde o início do ano, a empresa já lucrou 1,36 mil milhões de dólares, influenciado por esses mesmos fatores contabilísticos.
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Em comunicado, José Neves, o fundador, presidente executivo e do conselho de administração da Farfetch, refere: “Estou entusiasmado com o histórico contínuo da Farfetch de entregar agressiva quota de mercado à medida que aceleramos o crescimento de dois anos de vendas brutas [GMV] da plataforma digital para 97% no terceiro trimestre”. E adianta: “Estamos a ver uma forte tração da indústria por detrás da estratégia para a nossa plataforma. Mais de 1.400 marcas e retalhistas não estão apenas a ter mais produtos de luxo do que nunca, como estão também a gerar receitas recorde de soluções de media como reconhecimento dos nossos clientes altamente valiosos”.
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