A Assembleia da República atribuiu este ano o Prémio Direitos Humanos à Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio, tendo também condecorado com medalhas de ouro a ONG HELPO e a Associação Portuguesa de Bioética, foi esta quarta-feira anunciado.

O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o deputado Luís Marques Guedes, que informou que a proposta do júri, do qual o próprio faz parte, foi aprovada pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

A cerimónia de entrega dos prémios irá decorrer a 16 de dezembro, por volta das 12h00, com a Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU) a receber um prémio de 25 mil euros.

No site da Assembleia da República, lê-se que o júri decidiu atribuir o prémio à ATMU devido à “sua atuação e empenho comunitário na proteção de direitos laborais, sociais, de reabilitação ambiental e reconstrução habitacional, em face dos impactos da exposição à radiação do urânio, nomeadamente na saúde da população da Urgeiriça”.

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Além do prémio Direitos Humanos, foram também atribuídas duas medalhas de ouro comemorativas do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos à organização não governamental para o desenvolvimento HELPO e à Associação Portuguesa de Bioética.

Segundo o júri, a HELPO “leva a cabo programas de apoio continuados, projetos de assistência, ajuda humanitária, desenvolvimento comunitário, educação para o desenvolvimento humano” tanto em Portugal, como nos países em vias de desenvolvimento, sendo o exemplo da “muito relevante intervenção em Cabo Delgado e em Nampula, Moçambique”.

No que se refere à Associação Portuguesa de Bioética, o júri salienta que se trata de uma “iniciativa de grande atualidade e mérito na promoção da igualdade de género como direito humano, que se quer traduzir numa ferramenta concreta na qual valores como a igualdade e justiça são aplicados no domínio da igualdade de género em diversas áreas”.

Atribuído anualmente, o prémio Direitos Humanos da Assembleia da República visa “reconhecer e distinguir o alto mérito da atividade de ONG ou o trabalho, individual ou coletivo, de cidadãos portugueses ou estrangeiros” que “contribuam para a divulgação ou o respeito dos direitos humanos” ou para a “denúncia da sua violação”.