O novo Niro, que lhe demos a conhecer aqui antes da revelação oficial, já foi apresentado na Coreia do Sul com a promessa de ser introduzido em Portugal na segunda metade do próximo ano, substituindo o modelo que foi lançado em 2017 e actualizado em 2019.

Em relação à geração precedente, o ganho é substancial em termos estilísticos. Foram operadas mudanças de uma ponta à outra e de cima a baixo, mas a alteração que mais salta à vista na carroçaria a dois tons conduz o olhar para os pilares traseiros, muito largos e de desenho em forma de bumerangue até se encontrar com os grupos ópticos posteriores, agora dispostos verticalmente, o que confere ao crossover sul-coreano um aspecto mais dinâmico. Na secção dianteira prima a sobriedade, com linhas clean realçadas pelas luzes de circulação diurna em LED, que a marca descreve como “estilo heartbeat”. O pilar A muito inclinado resulta num perfil mais esguio na zona frontal, que vai robustecendo à medida que caminhamos em direcção à traseira. E o aspecto mais “durão”, que habitualmente caracteriza estas propostas com uma imagem mais aventureira consegue-se, em grande parte, com as protecções inferiores e os guarda-lamas protegidos por plásticos pretos.

No interior, a atmosfera é igualmente distinta da geração anterior, fruto sobretudo do redesenho do tablier, com o condutor a passar a ter orientados para si todos os comandos. Na consola central encontra-se o selector de velocidades electrónico, integrado numa superfície em preto brilhante que resulta sempre bem nas fotos, mas que numa utilização quotidiana expõe-se inevitavelmente às dedadas. De resto, os bancos são mais finos, o que incrementa a sensação de espaço a bordo, para o que também contribui o tablier bem mais moderno, com o ecrã central quase como uma continuidade do painel de instrumentos.

7 fotos

Com esta nova geração, a Kia pretende claramente afirmar o novo Niro como um modelo mais “verde”, razão pela qual fez opções claramente viradas para a sustentabilidade. A mais relevante é, sem dúvida, a introdução de um chamado “Greenzone Drive Mode” que, na versão híbrida plug-in (PHEV), recorre ao sistema de navegação para identificar áreas “verdes”, como zonas habitacionais por exemplo, e automaticamente passa a recorrer exclusivamente ao motor eléctrico. O utilizador pode ainda definir pontos em que pretende circular com zero emissões, como as imediações do local onde trabalha ou reside. De referir que, para além disso, o Kia Niro que chegará aos concessionários no próximo ano, continuará a ser proposto também como híbrido convencional (HEV) e 100% eléctrico (BEV).

A acompanhar a electrificação há materiais mais amigos do ambiente. O combate ao desperdício faz-se, por exemplo, com papel de parede reciclado para forrar o interior do tejadilho e com os painéis laterais pintados com uma tinta especial, à base de água, mas sem isómeros de benzeno, tolueno e xileno. Ou seja, com menor impacto ambiental. E o mesmo objectivo foi perseguido no revestimento dos bancos, com fibras de eucalipto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR