O diretor-executivo do comité de organização do mundial de futebol de 2022 considerou que o Qatar tem sido tratado “injustamente” desde que ganhou o direito de receber a competição, há 11 anos, garantindo que todas as pessoas são bem-vindas. A menos de um ano do início do evento desportivo, diferentes questões têm sido levantadas relativamente ao tratamento das minorias no país, nomeadamente das mulheres e da comunidade LGBTQI.

Apesar de a situação ter melhorado consideravelmente nas últimas décadas, os direitos das mulheres permanecem limitados. Já a homossexualidade é considerada um crime, punível com vários anos de prisão.

Em entrevista à CNN, Nasser Al Khater negou que “as pessoas não se sentem seguras”, garantindo que “o Qatar é um país tolerante”. “Já o disse antes e vou dizê-lo outra vez: todas as pessoas são bem-vindas. Toda a gente é bem-vinda e toda a gente se vai sentir segura. O Qatar é um país tolerante. É um país acolhedor. É um país hospitaleiro”, defendeu.

Em novembro, o australiano Josh Cavallo admitiu estar “assustado” com a ideia de jogar no Qatar. Cavallo é o único jogador profissional abertamente gay. Confrontado com as declarações do desportista, o organizador afirmou que Cavallo era bem-vindo, até mesmo antes do início da competição.

Questionado sobre as leis do país, Al Khater esquivou-se a admitir que a homossexualidade é ilegal, dizendo apenas que, como em muitos países, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não era permitido. Descrevendo o Qatar e a sua região como conservadora, lembrou que as demonstrações públicas de afeto não são bem vistas — ou permitidas. “É isto que pedimos aos fãs para respeitar, e temos a certeza que o farão. Respeitamos diferentes culturas e esperamos que respeitem a nossa.”

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