A organização não-governamental (ONG) alemã Sea-Eye anunciou esta sexta-feira que o seu navio humanitário resgatou desde quinta-feira 223 migrantes no Mediterrâneo e acusou Malta de “falhar com a obrigação” de “socorrer pessoas em perigo no mar”.

“No total, a tripulação do Sea-Eye salvou 223 pessoas em quatro operações de resgate” realizadas desde quinta-feira “nas águas territoriais maltesas”, indicou a organização não-governamental.

Num comunicado, a ONG pormenorizou que entre os resgatados estão 29 mulheres, quatro delas grávidas, e adiantou que o navio humanitário está à procura de uma outra embarcação em perigo.

Embora outros barcos tenham sido registados no mar desde quinta-feira, com muitas pessoas em grave perigo de morte a bordo, Malta falhou, mais uma vez, na obrigação de coordenar e resgatar as pessoas em perigo no mar”, denunciou a Sea-Eye.

Segundo a ONG, as organizações de salvamento marítimo civis são atualmente as únicas forças de intervenção europeias que procuram ativamente pessoas para as transportar para um local seguro.

“Como as condições climáticas devem deteriorar-se consideravelmente em breve, as possibilidades de sobrevivência para aqueles que ainda estão no mar são drasticamente reduzidas”, alertou a Sea-Eye, sublinhando que a capacidade de resgate de civis no mar é “limitada”.

As saídas, sobretudo a partir da Líbia e da Tunísia, de migrantes que pretendem chegar à Europa através do Mediterrâneo aumentaram em comparação com os anos anteriores, segundo a agência France-Presse.

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