Portugal registou 6.334 novos casos de infeção com SARS-CoV-2 e 16 mortes com Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

O número de casos voltou a subir, depois da quebra no domingo, e fez subir também a média a sete dias de 7.811,9 para 8.323,6 novos casos diários. A média de mortes a sete dias, por sua vez, mantém-se nas 13 por dia.

Nas últimas 24 horas, o número de casos ativos aumentou 3.895 para 105.614. O número de casos ativos não era tão alto desde meados de fevereiro, já numa fase descendente da curva, mas, quando a vaga ainda estava a crescer, o valor de 105 mil casos ativos só foi ultrapassado a 10 de janeiro de 2021.

A 27 de dezembro de 2020, o número de casos ativos era 68.208, valor que já foi ultrapassado a 16 de dezembro de 2021 (com 69.672). Nessa data de 2020, o número de novos casos era muito menor (1.577), mas o número de morte muito maior (67). No dia 10 de janeiro, o número de mortes com Covid-19 tinha chegado aos 102.

Comparando o número de internamentos em enfermaria e em unidades de cuidados intensivos dessas duas datas, com os atuais, os números são três ou quatro vezes maiores do que agora.

27.12.2020 10.01.2021 27.12.2021
Internamentos 2.870 3.770 914
UCI 504 558 150

Assim, estão 914 pessoas internadas com Covid-19 — mais 36 do que no dia anterior —, das quais 150 estão nas unidades de cuidados intensivos — menos uma do que no domingo.

Desde 15 de dezembro que o número de doentes nos cuidados intensivos ronda os 150, que representa 60% do limiar definido como crítico (255 camas nas unidades de cuidados intensivos ocupadas). A 27 de dezembro de 2020 e 10 de janeiro de 2021 o número de camas ocupadas nas UCI era o dobro do limite crítico (linha vermelha).

A incidência cumulativa a 14 dias, era de 804,3 por 100 mil habitantes em todo o país e 807,4 no continente — uma subida significativa em relação aos dados da última sexta-feira, quando a incidência era, respetivamente, 630,8 e 633,1 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias. O índice de transmissibilidade subiu de 1,11 a nível nacional e no continente para 1,23.

A região Centro, com seis mortes, foi a região com mais óbitos relacionados com a Covid-19, seguida de Lisboa e Vale do Tejo, com cinco. No Norte houve três mortes e no Algarve duas. Não se registaram óbitos no Alentejo nem nas ilhas.

Das 16 mortes com Covid-19 registadas três eram mulheres, com mais de 70 e de 80 anos, e 13 eram homens, dos quais sete tinham mais de 80 anos. Morreram ainda três homens na casa dos 70, dois na casa dos 60 e um na casa dos 50 anos.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo registou metade dos novos casos de infeção com SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas (3.193), seguida da região Norte com cerca de um terço dos novos casos do país (2.043). Nas restantes regiões houve pouco mais de mil casos: 491 no Centro, 230 na Madeira, 198 no Algarve, 124 no Alentejo e 55 nos Açores.

Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 246 casos entre as mulheres do que entre os homens. As mulheres apresentaram mais casos de infeção em todos os grupos etários, exceto no grupo dos 30 aos 39 anos.

A faixa etária onde as infeções entre o sexo feminino mais se destacou foi dos 10 aos 19 anos — 430 infeções nas mulheres, mais 105 do que nos homens (325 casos). O número de infeções entre crianças e jovens (até aos 19 anos) atingiu um total de 1.141, 18% de todos os casos.

O grupo com mais casos foi o dos 20 aos 29 anos (1.459), seguido dos 40 aos 49 anos (1.189) e dos 30 aos 39 anos (1.121). Estes três grupos juntos representam 60% dos novos casos de infeção.

Houve 655 casos entre as pessoas com 60 anos ou mais — 10% do total.

Esta segunda-feira, a DGS reporta ainda 2.423 pessoas recuperadas da infeção e mais 3.491 contactos em vigilância (num total de 127.669).

Desde o início da pandemia já se registaram 1.286.119 casos de infeção e 18.890 óbitos.