Uma carta manuscrita foi finalmente entregue nos Estados Unidos da América, quase 70 anos depois de ter sido enviada.
Uma residente da comunidade de Morgan Park, em Duluth – no Estado do Minnesota — recebeu na passada terça-feira, de acordo com o canal Fox 21, uma carta endereçada para a sua morada, mas que tinha sido enviada no século passado.
Depois de ter visto o seu correio habitual, Susan Nordin, que se mudou para a casa em outubro deste ano, reparou no último envelope, e viu que “era de Copenhaga, de 1953”.
A carta vinha a endereçada a um casal – Sr. e Sra. Ed Nelson –, e a data da carta correspondia a apenas mais cinco anos do que a construção da casa, edificada em 1948. Susan Nordin recorreu à página da comunidade de Morgan Park na rede social Facebook e, com ajuda dos membros do grupo, conseguiu entrar em contacto com a neta do casal, Connie Anderholm, que reside no Estado de Ohio.
Foi bastante agradável, porque eu recordo-me que, quando a minha avó morreu, a casa passou para a minha mãe, que decidiu vendê-la, e pensei que fosse o fim de uma era”, explicou a descendente do casal Nelson.
A carta escrita escrita pelos pais de Connie anunciava aos avós desta o nascimento do seu irmão Jim, numa altura em que o pai de Connie estava destacado na Alemanha e tinha realizado uma viagem com a mulher para Copenhaga.
“Ela [a mãe de Connie] entrou em trabalho de parto e deu à luz o meu irmão num hospital dinamarquês pós-Segunda Grande Guerra”, explicou a descendente.
Os irmãos costumavam passar temporadas em casa dos avós, em Duluth, por isso a carta revelou também a Susan Nordin o porquê de existirem dois nomes – Jim e Connie – gravados nos degraus das traseiras. A casa, segundo a neta, foi construída pelo próprio Ed Nelson.
Por coincidência, a correspondência atrasada chegou à mãos de Connie pouco tempo depois da morte do irmão, Jim, em agosto deste ano.
“Gostava de poder ligar-lhe a contar o que aconteceu, sei que ele teria adorado”, desabafou Connie Anderholm. “Liguei à filha dele, a minha sobrinha, que me disse que não conseguia parar de chorar depois de saber da notícia.”
A carta com 68 anos foi, para a neta dos proprietários iniciais da casa em Morgan Park um autêntico “presente de Natal”.
“Nós ainda estávamos a recuperar pela sua perda [de Jim] e isto será uma boa memória da história de família, tenho a certeza que a carta não se voltará a perder”, declarou ainda Connie.