“Medieval” e “uma viagem ao inferno”, foram alguns dos termos usados pela polícia para descrever o ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, que aconteceu a 6 de janeiro de 2021 e onde mais de 100 agentes ficaram feridos e cinco pessoas morreram.
As câmaras captaram a violência em direto, com manifestantes a agredirem agentes com mastros de bandeiras e extintores – um polícia quase foi esmagado entre duas portas e chegou a implorar pela vida.
Fotogaleria. As imagens da invasão do Capitólio por manifestantes pró-Trump
Apesar dos testemunhos e provas, quase um ano depois apenas 4 em cada 10 republicanos recorda o ataque, liderado em grande parte por apoiantes do então Presidente Donald Trump, como muito violento ou extremamente violento. E 3 em cada 20 republicanos diz mesmo que o ataque não foi violento, com outros 3 em 10 a considerarem que foi um pouco violento.
Os dados são revelados numa sondagem da Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research.
A perspetiva dos republicanos contrasta com a da maioria dos americanos: o mesmo estudo indica dois terços da população descreve o 6 de janeiro de 2021 como um dia muito violento ou extremamente violento. Já os democratas são quase unânimes: 9 em cada 10 admite a violência.
A sondagem da AP-NORC revela ainda que a percentagem de americanos que culpa Donald Trump pelo ataque aumentou ligeiramente no último ano, com 57% dos inquiridos a admitir que o ex-Presidente tem significativa responsabilidade, um aumento em relação aos 50% que diziam o mesmo nos dias após o ataque.
A invasão aconteceu na sequência das eleições que deram vitória ao atual Presidente, Joe Biden. Apoiantes de Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, a 6 de janeiro, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito nas eleições de novembro.