Foi uma proposta que esteve a ser estudada durante alguns meses e que, face ao aumento do número de casos, foi finalmente ultimada. A partir de 1 de fevereiro, a vacinação contra a Covid-19 passa a ser obrigatória para os maiores de 50 anos que residam em Itália. Quem decidir não tomar a vacina será sancionado — com uma multa que pode chegar aos 1.500 euros — e enfrentará grandes limitações no seu quotidiano.

Segundo o Corriere della Sera, apenas pessoas com mais de 50 anos que apresentem uma justificação médica é que poderão não ser vacinados, ou ainda recuperados da doença nos últimos 180 dias. Todos os restantes têm de se vacinar até 1 de fevereiro, de maneira a obterem um “super green pass”, isto é, um certificado de vacinação ou recuperação. Caso não o apresentem até 15 de fevereiro, os desempregados pagam uma multa de 100 euros; mas os que tiverem emprego ficam sem receber salário, apesar de não perderem o posto de trabalho.

A partir desse momento, os trabalhadores com mais de 50 anos não vacinados são considerados “ausentes injustificados sem consequências disciplinares e com direito a manter relação laboral” até à apresentação do comprovativo de vacinação. Se mesmo assim forem trabalhar sem o “super green pass”, arriscam-se a pagar uma multa que vai desde os 600 até aos 1.500 euros.

O primeiro-ministro italiano justificou esta medida, apontando que 13% da população italiana com mais de 50 anos ainda não está vacinada. Mario Draghi quer “empurrar” estas faixas etárias para a vacinação, uma vez que são aquelas “com maior risco de hospitalização”. O objetivo é “diminuir a pressão nos hospitais” e também “salvar vidas”.

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O governo italiano apresentou esta quarta-feira mais medidas. Uma delas consiste na apresentação do certificado para entrar em lojas, repartições públicas, correios, bancos e centros comerciais, entre outros. Para aceder a estes locais, ainda é permitido apresentar um teste negativo, em vez do comprovativo de vacinação ou de recuperação.

Vários países europeus têm discutido a vacinação obrigatória, mas poucos a têm colocado em prática. A Áustria foi o único até agora que aprovou a vacinação obrigatória para a generalidade da população.

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Já o governo italiano decidiu tomar esta medida de modo a travar a escalada de casos de Covid-19 que o país tem reportado. Nas últimas 24 horas, foi atingido um novo máximo — foram registados mais 189.109 casos da doença.