O Presidente americano, Joe Biden, não quis deixar margem para dúvidas: diz que há “total” união entre os países ocidentais, após conversações com outros líderes europeus sobre como travar uma invasão russa à Ucrânia, avança o The Guardian. E o Reino Unido foi ainda mais longe, prometendo “sanções sem precedentes” contra Moscovo.

“Tive uma reunião muito, muito, muito boa — total unanimidade com todos os líderes europeus”, disse Biden, após terminar uma vídeo-conferência de uma hora e 20 minutos com aliados europeus e da NATO.

Os Estados Unidos colocaram 8.500 soldados em alerta máximo, prontos a seguir para a Europa; os países da NATO colocaram forças em alerta e enviaram navios e aviões de combate para reforçar a defesa na Europa Oriental contra a atividade militar russa nas fronteiras da Ucrânia.

Crescem tensões com a Rússia: EUA colocam cerca de 8.500 soldados em alerta máximo

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Em Londres, o gabinete do primeiro-ministro, Boris Johnson, afirmou que “os líderes concordaram sobre a importância de unidade internacional perante a crescente hostilidade russa”.

Downing Street indicou que o grupo sublinhou que as discussões diplomáticas com a Rússia continuam a ser a grande prioridade, mas disse que o país será alvo de “rápida resposta” se “uma nova incursão russa na Ucrânia” acontecer.

“Os líderes concordaram que se uma nova incursão russa na Ucrânia acontecer, os aliados têm de avançar com respostas rápidas de retribuição, incluindo um pacote de sanções sem precedentes”, afirmou Downing Street, após a discussão entre os líderes.

Washington está a tentar manter a união transatlântica e da NATO contra a Rússia, país que fornece cerca de 40% do gás natural da União Europeia.

Esta reunião acontece dias depois de Biden ter revelado que há divisões entre os aliados da NATO sobre quão severa deve ser a resposta. A Alemanha, por exemplo, tem sido criticada por Kiev por recusar enviar armas de defesa para a Ucrânia.

Biden avançou que os líderes discutiram preparativos para “impor severos custos económicos” à Rússia, ao mesmo tempo que vão tentar “reforçar a segurança no flanco oriental”.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que “cabe à Rússia tomar medidas visíveis” para reduzir a tensão, enquanto o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou para “custos severos” caso se verifique “qualquer agressão adicional” de Moscovo contra a Ucrânia.