No sábado, uma sondagem animava o PSD e a direita: os sociais-democratas ultrapassavam pela primeira vez o PS e a esquerda perdia fulgor. Contudo, de acordo com a sondagem da Pitagórica elaborada para a CNN Portugal, esse foi um resultado atípico e a diferença entre os dois partidos voltou a aumentar de forma substancial desde esse dia.
De acordo com a tracking poll publicada esta terça-feira, o PS obtém 37% das intenções de voto e o PSD 31,4%, estando separados por 5,6 pontos percentuais — já desde dia 18 de janeiro que a diferença entre os dois partidos não era tão grande.
O Chega permanece como terceira força política (7,5%) e tem vindo a subir nos últimos dias. Em sentido inverso, estão o BE (5,7%), a CDU (4,3%) e a IL (3,2%), que têm registado uma tendência de descida. No caso dos comunistas e dos liberais, este é mesmo o pior resultado desde o início da tracking poll, sendo que ambos os partidos já conseguiram chegar perto dos 6%.
Por seu turno, o PAN fica-se pelos 1,8% e tem mantido os valores estáveis, tendo subido 0,2 pontos percentuais face à sondagem do dia anterior. O CDS volta a cair, estando com 1,4%, e o Livre obtém 1% das intenções de votos.
Tendo em conta estes valores, a esquerda unida (PS, BE, CDU, PAN e Livre) fica a duas décimas da maioria (49,8%) em termos percentuais. Em contrapartida, a direita coligada (PSD, Chega, IL e CDS) fica-se pelos 43,5%. Outro dado a destacar tem sido o aumento daqueles que votam em outros partidos, em branco ou nulo. No início da sondagem da Pitagórica, o número ficava-se pelos 3%, mas agora já se situa nos 6,7%.
Realizada entre 21 a 24 de janeiro de 2022, o inquérito contou 152 inquiridos, sendo que o “apuramento dos 4 últimos dias de trabalho de campo, implica uma amostra de 608 indivíduos”.