Os hackers que há um mês atacaram o Grupo Impresa anunciaram este domingo ter conseguido entrar no site do Parlamento português e apoderar-se de várias informações, avança o jornal Expresso, jornal que, no início do mês, foi também ele alvo do Lapsus Group. Contactada pelo Observador, fonte oficial da Assembleia da República não confirma para já qualquer ataque e indica que os serviços informáticos estão a averiguar se o alegado ataque sequer aconteceu.

Segundo a informação veiculada através do Twitter, os piratas informáticos aproveitaram o dia de eleições legislativas para o ataque que já anunciaram.“Hoje hackeámos o site do Parlamento e tivemos acesso a aplicações da Microsoft e a uma grande quantidade de bases de dados que contém informação sensível do Governo relacionada com informações pessoais de políticos e de partidos políticos, muitos documentos, emails, passwords…”, refere o Lapsus Group.

Para além de informação pessoal sobre políticos e funcionários, pelos sistemas informáticos do Parlamento passam documentos confidenciais entregues a comissões parlamentares de inquérito aos quais só têm acesso deputados e funcionários através de código. Ao Observador, fonte da Assembleia da República garantiu ainda assim que, através do site, “não é possível ir buscar qualquer informação reservada”. “Toda a informação que está no site do Parlamento é publica e transparente, daí não se pode retirar nada”, disse ao final da tarde.

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Mais de quatro horas depois de o alegado ataque ter sido anunciado através do Twitter, os informáticos ao serviço do Parlamento continuavam a averiguar a situação e a correr uma série de ferramentas para perceber se os servidores poderão ou não ter sido alvo de ataque e intrusão, garantiu a mesma fonte. Não foi avançado qualquer intervalo temporal para o processo, moroso, poder estar concluído.

Segundo o Expresso,  o site do Parlamento esteve em baixo durante cinco minutos.

A Polícia Judiciária está ainda a averiguar se de facto houve um ataque e se foi levada alguma informação. Mais, se o grupo é de facto o Lapsus.

Os sites do Grupo Impresa, nos quais se incluem órgãos de comunicação social como o Expresso, a SIC e a Blitz mas também marcas como a Opto, ADVNCE ou Olhares, foram alvo de um ataque informático, que teve início a 2 de janeiro.