Ao longo do fim de semana que agora chega ao fim, foram milhares as pessoas que se reuniram em Otava no “Comboio da Liberdade”, o protesto organizado contra a lei que vai obrigar os camionistas que cruzem a fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá a apresentar certificado de vacinação contra a Covid-19.

As manifestações paralisaram a capital canadiana, com camiões estacionados nas principais ruas do centro da cidade e junto ao Parlamento, e apesar de terem sido pacíficas e de não terem sido registadas quaisquer detenções, as autoridades estão a investigar algumas ocorrências, escreve este domingo a agência Reuters, nomeadamente “atos de intimidação e ameaça contra polícias, funcionários municipais e outros indivíduos” e de “profanação do Memorial Nacional de Guerra” — foram tornadas públicas imagens de uma mulher a dançar sobre o túmulo do soldado desconhecido, detalha a BBC.

Os protestos levaram as autoridades canadianas a levar o primeiro-ministro Justin Trudeau para um local seguro que não foi revelado.

Justin Trudeau forçado a deixar residência oficial por precaução devido a protestos anti-vacinas

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Entre os manifestantes e as inúmeras bandeiras canadianas por eles desfraldadas, terão sido também detetadas várias bandeiras com suásticas, descreve ainda a Reuters, que realça o elogio feito este sábado por Donald Trump em Conroe, no Texas, a quase 3 mil quilómetros de distância, aos integrantes do chamado “Comboio da Liberdade”.

O ex-presidente americano elogiou os manifestantes canadianos por “resistirem corajosamente a estes mandatos sem lei” e por “de longe, fazerem mais para defender a liberdade da América do que os nossos próprios líderes”.

“Queremos que estes grandes camionistas canadianos saibam que estamos com eles até ao fim”, disse ainda Donald Trump, para depois passar diretamente ao ataque a Joe Biden e à vacinação obrigatória sancionada pela sua administração em alguns setores da sociedade americana. No fim, e apesar de ainda não ter sido desta que assumiu uma nova candidatura presidencial, ficou um pouco mais perto. “Em 2024 vamos recuperar aquela bela, bela casa que por acaso é branca, que é tão magnífica, e que todos nós amamos. Vamos recuperar a Casa Branca”, disse.