O jovem suspeito de tentativa de ataque à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) vai ficar em prisão preventiva, avança a CNN, que diz que a juíza de instrução validou a indiciação por terrorismo.

Jovem que preparava ataque à FCUL pode ser condenado por terrorismo?

Esta foi a medida de coação aplicada ao rapaz de 18 anos, que tinha planeado para o dia de hoje um ataque, com recurso a armas brancas e explosivos, na FCUL. Ainda de acordo com a CNN, o jovem remeteu-se ao silêncio e não prestou declarações em tribunal, durante as duas horas e meia de inquérito.

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A juíza considerou que a prisão preventiva se justificava devido ao elevado risco de perturbação da tranquilidade pública, de continuação da atividade criminosa, e também devido à posse de armas proibidas.

O estudante vai agora ficar no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

Advogado admite contestar prisão preventiva

Jorge Pracana, advogado do jovem suspeito de planear um ataque à FCUL, diz que “este processo vai fazer história no país”. “É o primeiro, espero que seja o último. Estamos todos a inovar e a analisar isto. Será terrorismo? Não sei, há que apreciar”, afirmou.

O advogado admite contestar a prisão preventiva decretada ao cliente, mas não deu pormenores: “Aguardo o envio de alguns documentos que acho que são úteis à reversão da decisão”.

“A ‘tranquilidade pública’ é um conceito muito abstrato”, comentou ainda Jorge Pracana, referindo-se a um dos motivos apresentados pela juíza para aplicar a prisão preventiva.

Em relação a quase tudo o que lhe foi perguntado, o advogado de defesa não se alongou: “Não posso avançar mais nada”, “não comento”, “não sei”, “não posso dizer mais nada em relação ao processo”, foram frases recorrentes nos comentários que fez aos jornalistas à saída do tribunal.

O rapaz suspeito esteve para ser representado por um defensor oficioso, mas a família acabou por conseguir contratar Jorge Pracana a tempo do interrogatório.