Escassas horas após as declarações de Vladimir Putin e a entrada em território ucraniano de tropas russas, há registos de edifícios bombardeados em várias cidades da Ucrânia, incluindo Kiev, a alvos militares mas também civis — na cidade de Chuhuiv, a cerca de 40 km de Kharkiv, por exemplo, foi atingido um complexo de apartamentos e feridos vários civis esta quinta-feira de manhã.

Segundo o assessor do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gueraschenko, nas primeiras horas da invasão, morreram pelo menos oito pessoas. Às 7h em Portugal, mais duas horas naquele país, uma outra fonte do governo ucraniano já admitia a vários meios de comunicação americanos que o número de mortos e feridos já seria bem mais elevado: “Já haverá, provavelmente, centenas de vítimas”.

Ao longo da manhã, nas redes sociais e na imprensa internacional, têm-se multiplicado as fotografias e vídeos da invasão.

As imagens captadas pelos repórteres da CNN no local, dos tanques russos a cruzar as fronteiras ucranianas a partir da Bielorrússia, têm estado a ser partilhadas por utilizadores do Twitter.

Três helicópteros “inimigos” foram abatidos em Hostomel, perto de Kiev, avança o conselheiro do ministro da Administração Interna ucraniano, Anton Herashchenko.

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Também há vídeos de confrontos entre forças, captados por civis, neste caso numa estrada nos arredores de Kharkiv.

Apesar de o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, ter tentado sossegar os 2,8 milhões de habitantes da cidade, garantindo na televisão pública que comércio, bancos e postos de combustível estão a funcionar — “Não entrem em pânico, fiquem em casa” —, foram inúmeras as pessoas que se refugiaram em estações de metro, logo às primeiras horas da manhã, numa tentativa de se abrigarem de eventuais ataques aéreos à capital ucraniana. Muitas outras saíram da cidade, criando engarrafamentos de quilómetros.

Nos arredores da principal cidade da Ucrânia, foi bombardeada uma unidade militar, estão a avançar várias fontes, incluindo o jornalista e editor de internacional do ZN.UA, Alexander Khrebet. Citando fontes do Serviço de Emergência ucraniano, Khrebet diz que várias pessoas foram vitimadas pelo ataque.

Um pouco por todo o país, há filas e engarrafamentos para sair das grandes cidades e uma corridas aos multibancos, bombas de gasolina e supermercados.

[O dia em que a guerra começou. Como o poderio russo está a abater-se sobre a Ucrânia:]