A invasão russa à Ucrânia na madrugada desta quinta-feira foi acompanhada de bombardeamentos a várias cidades ucranianas.

Nas duas maiores cidades do país, a capital Kiev e Kharkiv, os civis que não abandonaram as cidades procuraram refugiar-se dos bombardeamentos nas estações de metro e de comboio.

Benoît Vitkine, correspondente em Moscovo do jornal francês Le Monde, deu conta no Twitter da situação vivida pelas pessoas das duas maiores cidades da Ucrânia que procuraram refúgio nas estações de metro locais.

O mayor de Kharkiv, Igor Terekhov, afirmou num comunicado da rede social Facebook que todos os abrigos da cidade, espalhados por várias infraestruturas, estão abertos para a população — de entre estes, quatro estações de metro –, e pediu aos habitantes de Kharkiv para que não se deslocassem nas ruas.

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Apelo mais uma vez ao povo de Kharkiv para que esteja em casa hoje [quinta-feira] e mantenha a calma, se possível”, afirmou o mayor.

Também na última Grande Guerra ocorrida na Europa, durante o Blitz — bombardeamento de Londres por parte do exército alemão entre 1940 e 1941 –, era frequente os cidadãos londrinos procurarem refúgio nas estações do metro de Londres.

Todas as tardes, às 16h00, as estações do metro de Londres eram abertas, e cerca de 150 mil pessoas dormiam no subterrâneo todas as noites, com receio dos bombardeamentos alemães — durante o inverno, em consequência do frio este número caiu para cerca de 100 mil pessoas a dormir no metro por noite.

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Também em Madrid, durante a Guerra Civil Espanhola, os habitantes da capital espanhola procuraram nas estações de metro refúgio dos bombardeamentos da aviação.

Veja na fotogaleria acima imagens das estações de metro em Kharkiv e Kiev, que servem de abrigo aos habitantes ucranianos que tentam escapar do bombardeamento russo.