O grupo de 13 soldados ucranianos que se pensava terem morrido no dia 25 de fevereiro a defender a Ilha da Serpente, no Mar Negro, estarão, afinal, vivos, mantidos como reféns.
A Marinha ucraniana confirmou, na sua página oficial no Facebook, de acordo com a Euronews, que os militares foram “capturados pelos ocupantes russos” após defenderem a ilha de Zmiiny, nome oficial daquela que é conhecida como Ilha da Serpente.
Estamos bastante felizes por saber que os nossos camaradas estão vivos e bem”, afirmou o comunicado. “Os fuzileiros e guardas fronteiriços foram capturados pelos ocupantes russos na Ilha da Serpente.”
Publicações partilhadas no dia 25 nas redes sociais davam conta do momento em que os militares se mantiveram firmes perante a ameaça do navio russo. “Sugiro que entreguem as vossa armas e se rendam ou abrirei fogo“, avisou na altura o navio de guerra das forças russas, tendo depois sido surpreendido pela resposta dada pelos militares ucranianos: “Navio de guerra russo, vai-te f****”
“Heróis da Ucrânia.” Treze guardas ucranianos morreram a defender pequena ilha de invasão russa
De acordo com o Independent, que cita o comunicado, os militares ucranianos ter-se-ão rendido depois de repelirem dois ataques das tropas russas, “por terem ficado sem munição”.
13 Ukrainian border guards died in the fight for Zmiiny island in the Black Sea…
"Russian warship go fuck yourself."#r4today #standwithukrainehttps://t.co/3OGsEQTWZt
— paulusthewoodgnome ???????????? (@woodgnomology) February 25, 2022
As forças ocupantes”, explicou o comunicado, “‘esqueceram-se’ de reportar terem destruído por completo as infraestruturas da ilha: faróis, torres, antenas… Assim a comunicação com Zmiiny foi cortada. Tentativas repetidas de contactar os soldados e de saber como se encontravam não produziram resultados, e os bombardeamentos constantes por parte dos navios e aviões russos da Federação Russa não permitiram a chegada de ajuda aos fuzileiros”, explicou a Marinha da Ucrânia.
Os soldados, ainda segundo o Independent, estarão em cativeiro na cidade de Sevastopol, na Crimeia.