O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, enalteceu esta quinta-feira a solidariedade demonstrada para com a Ucrânia, na sequência da invasão russa ao território, ansiando pelo cessar-fogo.

“O conflito entre a Rússia e a Ucrânia concentra as atenções e as preces de todos, mantendo-me na expectativa quanto às negociações e ao cessar-fogo que tanto desejamos”, escreveu o antigo árbitro, na rede social Twitter.

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Pedro Proença assumiu-se ainda sensibilizado pelas ações de solidariedade promovidas em Portugal.

“Impossível é ficar indiferente à solidariedade de Portugal e do futebol português. Orgulho imenso“, rematou Proença.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

Na véspera desse dia, o futebolista Roman Yaremchuk celebrou o golo do empate 2-2 na receção do Benfica ao Ajax, para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, despindo a camisola ‘encarnada’ e exibindo o ‘tryzub’, o tridente ucraniano, símbolo nacional do seu país.

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Yaremchuk voltou a protagonizar um momento marcante, no domingo, já depois da invasão, quando, aos 62 minutos do triunfo caseiro do Benfica frente ao Vitória de Guimarães, por 3-0, assumiu a braçadeira de ‘capitão’ do clube lisboeta.

Na quarta-feira, na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal de futebol, o Sporting alinhou frente ao FC Porto com fumos negros com o símbolo da paz e o capitão Sebastián Coates usou uma braçadeira com as cores azul e amarela, da bandeira ucraniana, já depois de o FC Porto ter apelado, nas redes sociais, a que “deem uma oportunidade à paz”.

O ‘clássico’ entre ‘leões’ e ‘dragões’ marcou o início da campanha de apelo à paz da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), com a equipa de arbitragem liderada por Artur Soares Dias a ser a primeira a vestir uma camisola com as cores da bandeira ucraniana, numa iniciativa que vai ser extensiva aos principais escalões de futebol e futsal nacionais, tendo em vista a angariação de fundos para apoiar o povo ucraniano

Já esta quinta-feira, o Sporting de Braga manifestou-se disponível para acolher refugiados da Ucrânia, enquanto o plantel da equipa do Boavista participou numa ação de recolha de bens para auxílio às populações afetadas pelo conflito.

As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado por União Europeia, pelos Estados Unidos e pela generalidade da comunidade internacional, que responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.