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Além de Roman Abramovich, dono do Chelsea, há outro nome a ser investigado pelas autoridades portuguesas pelo processo de certificação da nacionalidade de descendentes de judeus sefarditas expulsos de Portugal no final do século XV. É ele Patrick Drahi, fundador e atual dono da Altice Europa e um dos homens mais ricos do continente europeu.

A informação foi confirmada pela Comunidade Judaica do Porto ao Observador, que, em resposta à detenção do rabino da Comunidade Israelita do Porto, remeteu para um comunicado divulgado no seu blog oficial, que dá conta de que existe um processo no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), iniciado em 2022, no âmbito da nacionalidade de Patrick Drahi.

Numa nova posição oficial assumida já este sábado, a direção da comunidade judaica do Porto voltou a assumir em comunicado que as buscas judiciais que levara à detenção do rabino Daniel Litvak também tiveram origem no “caso do sr. Patrick Drahu”.

Detido rabino da Comunidade Israelita do Porto, um dos responsáveis pela atribuição de cidadania portuguesa a Abramovich

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Para além de já ter nacionalidade francesa e israelita, o magnata conseguiu a nacionalidade portuguesa em 2016, após ter provado que descendia de três famílias judias expulsas de Portugal — os Adrehi, os Sicsú e os Amouyal, de acordo com o que informava a Visão em 2017. Das duas primeiras famílias, há registos de que terão regressado a Faro no século XIX, após terem passado por Itália, Tunísia, Argélia e Marrocos.

Patrick Drahi nasceu precisamente em Marrocos (Casablanca), mas mudou-se para França quando era adolescente. Vive neste momento, de acordo com a Forbes, em Zermatt, na Suíça. De acordo com o ranking da mesma revista, o magnata é o 376.º homem mais rico do planeta.

Com negócios no ramo das telecomunicações, a Altice comprou por 5,5 mil milhões de euros, em 2015, a Portugal Telecom. Dois anos depois, a empresa detida por Patrick Drahi tentou comprar a Media Capital, mas o negócio acabou por falhar.

O que falhou na oferta de compra da Altice sobre a Media Capital

Texto atualizado às 14h30 do dia 12 de março com um novo comunicado emitido pela Comunidade Judaica do Porto