Os Conselhos Económicos e Sociais europeus, incluindo Portugal, suspenderam todas as atividade no âmbito da associação internacional destas câmaras cívicas, que neste momento é presidida pela Rússia. Um comunicado do Conselho em português condena a invasão da Ucrânia por forças russas e manifesta “total solidariedade” com o povo ucraniano.
Os membros europeus discordaram da tomada de posição da liderança da Associação Internacional dos Conselhos Económicos e Sociais e Instituições Similares (AICESIS), assegurada neste momento pela Câmara Cívica da Federação Russa. Em resposta, as congéneres europeias decidiram “congelar temporariamente, a partir de hoje [quinta-feira, 10 de março] a atividade na associação internacional“, como diz o comunicado em inglês.
De acordo com as declarações publicadas na quinta-feira, 10 de março, a suspensão manter-se-á pelo menos até 28 de junho deste ano, dia em que estes países se reunirão numa Assembleia-Geral Extraordinária em Atenas, Grécia.
As câmaras civis europeias assinaram uma declaração de “clara condenação” do conflito armado iniciado pela Rússia e dizem que “não podem de qualquer maneira apoiar” a narrativa da homóloga russa, que procura “atribuir a responsabilidade da guerra à Ucrânia”. O comunicado em inglês diz que o grupo da União Europeia na associação está “firmemente contra este ato injustificado de invasão de um Estado soberano”.
A 5 de março, a Câmara Cívica da Rússia enviou para todos os membros da Associação Internacional uma carta com aquela que seria a posição oficial da instituição — a de que a culpa do conflito seria da própria Ucrânia. O conteúdo da carta não é diretamente citado no comunicado de imprensa libertado este domingo pelo Conselho Económico e Social.