Os Estados Unidos detetaram um aumento da atividade naval russa no mar Negro, a partir do qual ataca com artilharia a cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, disse esta segunda-feira um alto funcionário do Pentágono.
Numa conversa telefónica com jornalistas, a fonte disse que os russos dispõem de “pouco mais de uma dezena de navios de guerra, embarcações de combate anfíbias de diferentes classes e tamanhos, navios de superfície, draga-minas e patrulheiros que colocaram a norte do mar Negro”.
Nesse sentido, o funcionário indicou que alguns dos ataques de artilharia contra Odessa são resultado das atividades dessa frota russa, “sobretudo das embarcações de combate anfíbias”.
No entanto, sublinhou que isso não significa a possibilidade de um ataque anfíbio a Odessa esteja iminente.
O responsável de Defesa apontou que, no geral, o avanço russo na Ucrânia está paralisado, enquanto os EUA não detetaram quaisquer reforços a chegar para ajudar as forças russas no país vizinho.
“Vimos os russos a falar sobre a possibilidade de levar reforços de fora da Rússia, de fora da Ucrânia, mas de novo, não houve qualquer movimento”, prosseguiu.
O funcionário observou que Washington estima atualmente que a força de combate russa na Ucrânia esteja abaixo dos 90%, recordando ao mesmo tempo que Moscovo destinou grandes quantidades de recursos para a Ucrânia: “75% da sua capacidade de geração de grupos táticos de batalhão”.
Esses grupos são típicos das Forças Armadas russas e são unidades com alto nível de preparação para se envolver em qualquer momento em combates de alta intensidade com vários tipos de armas.
A fonte norte-americana acrescentou que os EUA acreditam que a Rússia está a utilizar na invasão da Ucrânia mais de 60% da sua aviação, tanto aviões de combate como helicópteros, embora tenha sofrido perdas.