O antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou publicamente o seu apoio a Emmanuel Macron, para a segunda volta das presidenciais francesas que vão opor o candidato — que foi também Presidente nos últimos cinco anos — à candidata de extrema-direita Marine Le Pen.

Numa declaração que difundiu através das redes sociais, Sarkozy começa por notar que os franceses escolheram levar à segunda volta “o Presidente Emmanuel Macron e a candidata da Frente Nacional Marine Le Pen”. Depois, começa a explicar o sentido de voto: “A importância das decisões que aí vêm obrigam-me a deixar a minha posição de reserva para indicar com toda a clareza qual será o meu voto”.

Votarei em Emmanuel Macron porque acredito que tem a experiência necessária para fazer face a uma grave crise internacional que é mais complexa do que nunca, porque o seu projeto económico coloca a valorização do trabalho no centro de todas as prioridades, porque o seu compromisso europeu é claro e sem ambiguidades”, lê-se na declaração de Sarkozy.

O antigo chefe de Estado de França, que saiu com a popularidade em baixa, falhou a eleição para um segundo mandato (foi derrotado pelo socialista François Hollande) e chegou a ser condenado por corrupção, tráfico de influência e financiamento ilegal de campanha, escreve ainda: “Anuncia-se uma nova época, que vai exigir mudanças profundas. Será preciso abandonar hábitos e reflexos partidários. Este contexto internacional e a atual situação financeira são graves e impõem a tomada de decisões difíceis e urgentes. Vão exigir escolhas a que França vai ficar comprometida durante cinco anos”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Nicolas Sarkozy condenado a três anos de prisão. Ex-Presidente francês vai recorrer

Sarkozy faz ainda um apelo aos eleitores tradicionais da direita democrática: “A fidelidade aos valores da direita republicana e à nossa cultura de governação devem levar-nos a responder ao apelo de união de Emmanuel Macron juntando-nos nesta eleição presidencial. Ele é, no atual estado de coisas, o único em condições de agir. O interesse da França deve ser a única coisa a mover-nos. Nunca falhamos quando escolhemos a clareza, a retidão e aquilo com que sabemos poder contar”.