O número de entradas ilegais detetadas nas fronteiras externas da União Europeia (UE) aumentou 57% no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2021, segundo dados divulgados esta terça-feira pela agência Frontex.
Entre janeiro e março, mais de 40.300 pessoas tentaram entrar ilegalmente na UE, uma subida de 57% face ao primeiro trimestre de 2021.
Em março, os dados preliminares da agência de fronteiras da UE apontam para um aumento de 29% (quase 11.700 pessoas) na comparação com o mês homólogo de 2021.
A fronteira dos Balcãs Ocidentais — que representa quase metade das entradas ilegais detetadas — teve um aumento de 115%, para mais de 18.300 pessoas, no primeiro trimestre, na maioria sírios e afegãos.
Em março, as tentativas de entrar irregularmente no bloco europeu triplicaram para as 6.650.
Na fronteira Terrestre oriental, o número de atravessamentos ilegais disparou 714% no primeiro trimestre, face ao homólogo, devido a mais de 950 ucranianos que tentaram entrar na UE evitando os canais regulares.
Só no mês de março foram detetadas 600 pessoas.
Na fronteira do Mediterrâneo Ocidental, as deteções subiram 132%, com um forte aumento em Chipre, onde houve mais de 5.100 tentativas, de um total de 7.005, no primeiro trimestre.
Em março foram detetados quase 3.250 migrantes ilegais nesta fronteira mediterrânea, sendo as principais nacionalidades nigeriana e congolesa.
A Frontex, a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, foi criada em 2004 para ajudar os Estados-Membros e os países associados de Schengen a proteger as fronteiras externas do espaço de livre circulação da UE.