Os serviços de segurança ucranianos denunciaram, no domingo, um alegado ataque terrorista por parte da Rússia, que consistia em abater um avião de passageiros que sobrevoaria território russo ou bielorrusso. O objetivo seria depois culpar as forças ucranianas pelo sucedido, naquilo que aparenta ser uma operação de bandeira falsa para provocar uma determinada consequência ou justificar uma nova ofensiva.

O avião de passageiros seria abatido por um sistema portátil de mísseis antiaéreos, segundo os serviços secretos ucranianos. Este ataque terrorista estaria a ser levado a cabo por dois indivíduos com dupla nacionalidade e por um cúmplice que tinha sido por eles contratado. O plano estaria a ser elaborado por Olexander Tyuterev, um dos membros das forças armadas russas.

Ainda de acordo com as autoridades ucranianas, os dois indivíduos que deviam realizar a missão tentaram estabelecer contacto com os representantes das Forças Armadas da Ucrânia, voluntariando-se para lutar ao lado dos soldados ucranianos. Para isso, terão mesmo fornecido algumas informações verídicas sobre as posições das tropas russas. O objetivo era provarem a sua lealdade.

O objetivo final destes contactos era obter um sistema portátil de mísseis antiaéreos ucraniano para entregá-lo à Rússia. Depois, de acordo com a versão de Kiev, o regime de Moscovo levaria a cabo o ataque terrorista, culpabilizando a Ucrânia. A origem do equipamento acabaria por sustentar as acusações que atribuiriam aos ucranianos a autoria do ataque.

Durante uma operação especial, os serviços de segurança ucranianos conseguiram deter todos os envolvidos. As autoridades estão a investigar o caso, tentando entender “as circunstâncias” do alegado crime, que parecem indiciar, apontam, uma “degradação” dos serviços de informação russos. 

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