A viagem dos civis retirados da fábrica da Azovstal deve recomeçar esta terça-feira, 3 de maio. O comboio humanitário arranca às 7h da manhã, hora local, e vai sair da cidade ucraniana de Berdiansk rumo a Zaporíjia, de acordo com o canal da autarquia de Mariupol no Telegram.

Nas próximas horas, este comboio vai transportar os cerca de 100 civis que no domingo foram retirados do complexo industrial da Azovstal, em Mariupol.

De Mariupol a Berdiansk são sensivelmente 100 quilómetros — outros 200 unem esta cidade a Zaporíjia, que recebeu vários deslocados de Mariupol durante esta segunda-feira. Isto significa que o grupo composto por cerca de 100 civis cumpriu menos de metade do caminho previsto aquando da retirada da fábrica que continua a ser bombardeada pelas tropas russas.

A evacuação de Mariupol, e sobretudo da fábrica, é uma das operações mais complexas em curso na Ucrânia, tendo sido negociada em parte pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que na semana passada esteve em Moscovo e em Kiev para encontros com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

O acordo para a evacuação agora anunciada, segundo a autarquia de Mariupol, contou com a assistência da ONU e da Cruz Vermelha.

Na nota publicada no Telegram, o município de Mariupol voltou a acusar as tropas russas de não “cumprirem as promessas”, uma vez, que “apesar da evacuação e da presença de representantes da ONU”, a fábrica da Azovstal não deixou de ser bombardeada. As forças ucranianas “continuam a defender” a cidade. “É difícil imaginar como conseguem em condições tão desumanas.”

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