A Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras — que, em 2017, foi alvo de polémica devido a alegadas irregularidades da presidente de então — continua a viver um período de instabilidade. Segundo o Público, dos cinco membros da direção apenas a presidente, Maria Júlia Cardoso, continua em funções. Todos os outros membros apresentaram recentemente a demissão.

O anúncio dessas demissões partiu da próxima presidente, numa informação de 20 de abril, que revelou ter recebido cartas de “renúncia de três membros da direção”, que se juntavam a outra entregue em março. Maria Júlia Cardoso anunciou também a realização de “eleições parciais, no prazo de um mês”.

Oito perguntas para entender a polémica da Raríssimas

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O jornal conta que, em dezembro, funcionários da Casa dos Marcos, estrutura criada pela Raríssimas, escreveram um manifesto com queixas, que foram contrariadas pela presidente da direção e o conselho fiscal. Essas queixas estavam relacionadas com questões de gestão e condições de trabalho, como desinteresse pelos problemas da instituição, desrespeito e intimidação ou falta de competências de liderança. Ao jornal, a presidente da Raríssimas não comentou as demissões, nem disse se vai recandidatar-se nas próximas eleições.

Além disso, chegou ao fim o apoio financeiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa à Casa dos Marcos, que entre 2018 e 2021 chegou aos 2,8 milhões de euros, por considerar que a atual direção é “contrária à intervenção da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa naquela instituição”. A Santa Casa começou a ajudar a instituição em 2018 para a “salvar” depois de muitos mecenas terem deixado de a apoiar após a polémica que envolvia alegadas irregularidades na gestão da então presidente Paula Brito e Costa, em 2017. Desde então, a associação teve quatro direções distintas.

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