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Donald Trump propôs disparar mísseis para o México e o alvo eram os laboratórios de droga, revela novo livro

Este artigo tem mais de 1 ano

Objetivo dos mísseis era destruir cartéis de droga "silenciosamente", diz o livro "A Sacred Oath", que conta ainda como um conselheiro propôs mergulhar cabeça de terrorista em sangue de porco.

President Donald J. Trump
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À esquerda, está Mark Esper e atrás de si está Donald Trump. Para já, Trump ainda não comentou o conteúdo descrito no livro

The Washington Post via Getty Im

À esquerda, está Mark Esper e atrás de si está Donald Trump. Para já, Trump ainda não comentou o conteúdo descrito no livro

The Washington Post via Getty Im

Donald Trump propôs o lançamento de mísseis para o México “para destruir os laboratórios de drogas, silenciosamente” e aniquilar  os cartéis, de acordo com o novo livro de memórias do  ex-secretário de Defesa, Mark Esper, intitulado A Sacred Oath (Um juramento sagrado, na tradução para português), que será publicado a 10 de maio nos Estados Unidos da América.

Capa do livro de Mark Esper

A capa do livro de Mark Esper, que chega às bancas norte-americanas na próxima terça-feira

O envolvimento dos EUA no ataque ao México poderia ser mantido em segredo, sugeriu o 45.º Presidente norte-americano, de acordo com o The New York Times. “Eles [dirigentes mexicanos] não controlam o próprio país”, afirmou e, após Esper levantar várias objeções à proposta de disparar mísseis Patriot, Trump respondeu: “Ninguém saberia que fomos nós”. Como? O líder simplesmente negaria qualquer responsabilidade. Se não estivesse a encarar Trump nos olhos, escreve Esper, pensaria que a ideia fosse apenas uma piada.

Ele [Donald Trump] é uma pessoa sem princípios que, dado o seu interesse próprio, não deveria estar numa posição de serviço público“.

O antigo secretário de Defesa destaca igualmente que Trump estava rodeado de influências com atitudes “erráticas ou perigosas”, segundo o jornal norte-americano. Uma delas era o conselheiro sénior para os assuntos políticos, Stephen Miller, que recomendou o envio de 250 mil tropas para a fronteira com o México.

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Stephen Miller, o homem por detrás do decreto anti-imigração

Miller propôs ainda decapitar Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do grupo jihadista Estado Islâmico morto por uma unidade de elite do exército norte-americano no noroeste da Síria, em 2019. E foi mais longe: a cabeça do extremista islâmico deveria ser mergulhada em sangue de porco e exibida como um aviso a outros terroristas.

“Crente”, doutorado e fã de futebol: Quem era Abu Bakr al-Baghdadi, o “Califa Ibrahim”?

O escritor de A Sacred Oath terá dito a Miller que tal ato representaria um “crime de guerra”. Ao The New York Times, o conselheiro negou o episódio e apelidou Esper de “idiota”.

President Donald J. Trump

A sombra desfocada de Mark Esper

The Washington Post via Getty Im

Esper conta ainda, que no verão de 2020, quando os Estados Unidos estavam envoltos em protestos por justiça racial, após a morte de George Floyd, Donald Trump admitiu a possibilidade de alvejar as pernas dos manifestantes. “Vocês não podem simplesmente disparar? Atirem nas pernas deles ou algo assim”, detalha Mark Esper assim a irritação do então Presidente no Salão Oval.

Trump pediu que se disparasse para pernas de manifestantes, revela livro

“A boa notícia: não foi uma decisão difícil” não seguir a ideia lançada pelo Presidente republicano, diz Esper. “O mau: eu tive que fazer Trump recuar sem que se criasse a confusão que eu estava a tentar evitar”, lê-se num extrato do livro publicado pelo portal de notícias Axios.

Já o The Guardian, pormenoriza como Trump reagiu quando o general Mark Milley explicou que não tinha poderes para corresponder ao seu pedido: “Vocês são todos a porra de uns falhados”.

A frase do ex-Presidente chocou Esper:

Esta não foi a primeira vez que eu o ouvi usar este género de linguagem, mas não com tanta raiva, e nunca direcionada a pessoas [que estavam] numa sala com ele, muito menos a [William] Barr [procurador-geral], Milley e eu”.

O vice-presidente Mike Pence “que estava sentado em silêncio, imperturbável” também era alvo dos “insultos sujos” e do “veneno”, faz questão de salientar Esper. Trump estava “à espera, ao que parecia, que um de nós cedesse e simplesmente concordasse. Isso não ia acontecer”.

Na perspetiva do (polémico) líder, nenhum membro da sua equipa tinha “espinha dorsal para enfrentar a violência”, ironizando que todos os presentes no Salão Oval gostavam de ver cidadãos “a incendiar as cidades”, continua o autor do livro.

O The Guardian e o The New York Times tentaram obter declarações de Donald Trump sobre o conteúdo de A Sacred Oath, mas sem sucesso.

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