A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal vai inquirir Igor Khashin, que lidera a associação pró-russa Edinstvo, e a sua mulher, Yulia Khasina, avança o Expresso. O semanário apurou que a PJ já fez buscas na referida associação e nas instalações da Linha Municipal de Apoio a Refugiados (LIMAR) da Câmara Municipal de Setúbal, local onde o casal terá fotocopiado documentos de refugiados ucranianos.

Ainda não se sabe quando é Igor Khashin e Yulia Khasina serão ouvidos pelas autoridades. “Depende muito da investigação”, assumiu fonte policial ao Expresso. Os dois cidadãos de nacionalidade russa não são, por enquanto, suspeitos, podendo ser considerado arguidos após serem ouvidos pela PJ.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Setúbal e a PJ já abriram um inquérito para apurar mais detalhes sobre o caso, investigando os alegados crimes de utilização de dados de forma incompatível com a finalidade da recolha e acesso indevido e desvio de dados. Se for condenado, o casal pode enfrentar uma pena de um ano de prisão.

Ao mesmo jornal, a PJ garante que levará a cabo mais buscas nas próximas semanas, se bem que dependa da “matéria da prova que for recolhida”. As autoridades sinalizam que ainda é cedo para avançar com “informações concretas”, estando a “analisar, a verificar” e a “fazer a triagem” dos documentos.

Já Igor Khashin disse, em entrevista ao Público e ao Setubalense, que espera que a PJ “faça o seu trabalho”: “Não temos nada a esconder”. O casal rejeitou várias das acusações de que é alvo, além de descreveram a guerra como uma tragédia.

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