A gestora de fundos norte-americana Lone Star, maior acionista do Novo Banco, diz estar “focada em apoiar a nova equipa de gestão” – liderada pelo irlandês Mark Bourke, que irá substituir António Ramalho – e garante que não tenciona vender a sua participação “no curto prazo”.
Perante a expectativa de que a Comissão Europeia irá em breve confirmar a conclusão (e aprovação) do plano de reestruturação que foi aplicado no Novo Banco, têm subido de tom os rumores de que a Lone Star poderia avançar em breve para a venda da sua participação.
Porém, fonte oficial da gestora de ativos garante ao Observador que “a Lone Star está focada em apoiar a nova equipa de gestão do Novo Banco, sob a liderança de Mark Bourke, ao longo da próxima etapa de desenvolvimento do banco e do plano de médio prazo”.
“Não existem planos de venda da sua posição no Novo Banco no curto prazo”, garante a Lone Star, que comprou 75% do Novo Banco em outubro de 2017.
Terminada uma época de apresentação de resultados trimestrais em que o possível interesse no Novo Banco foi tema de quase todas as conferências de imprensa, foi também noticiado esta segunda-feira pelo Jornal de Negócios que nos planos da Lone Star poderia estar a dispersão do capital de que é dona no Novo Banco (ou parte dele) na bolsa de valores.
Já no que diz respeito a fusões e aquisições, envolvendo outros bancos do sistema financeiro português, o presidente do Millennium BCP voltou a repetir que não está nos planos avançar para a compra do Novo Banco, embora numa das intervenções recentes tenha afirmado que o BCP teria hoje “condições” para avançar para uma operação dessas, “condições que não tinha há uns anos”.
Outro nome referido frequentemente é o do BPI, detido integralmente pelos espanhóis do CaixaBank, que precisamente esta terça-feira indicou que não estará no horizonte avançar para uma compra do Novo Banco.
“Não estamos a olhar. Queremos manter as coisas como estão”, garantiu Gonzalo Gortázar, administrador-delegado do grupo espanhol que detém o BPI, na apresentação do plano estratégico para 2024 em Madrid. “O plano estratégico não contempla nenhuma operação inorgânica”, reforçou Gortázar aos jornalistas.
Depois do anúncio da saída de António Ramalho, o Novo Banco indicou que o novo conselho de administração será liderado por Mark Bourke, que já era o administrador financeiro e, previsivelmente em agosto, irá subir a presidente da comissão executiva.
Novo Banco já escolheu nome para substituto de António Ramalho. Mark Bourke assumirá essas funções