O Tik Tok é acusado de homicídio culposo por um novo desafio divulgado na rede social: o “blackout challenge”, que consiste em suster a respiração até desmaiar e que leva a práticas ainda mais perigosas.

Uma das vítima (a quinta) é Nylah Anderson, uma criança norte-americana de 10 anos. Na quinta-feira, a mãe, Tawainna, apresentou em tribunal um processo judicial no qual acusa o Tik Tok e a sua empresa-mãe, ByteDance, de serem uma “aplicação manipuladora e predatória que promove desafios excessivos e perigosos”.

Um cabide, uma mala e vídeos potencialmente perigosos foi tudo quanto bastou. Nylah Anderson tentou repetir o que viu num vídeo em que se simulava um estrangulamento e enforcou-se por acidente no roupeiro da mãe enquanto esta estava no andar de baixo da casa. Tawainna encontrou a filha, que foi transportada para o hospital onde ainda esteve cinco dias até morrer. Uma análise ao telemóvel da criança revelou que esta tinha visto um vídeo do “blackout challenge” antes do acidente fatal.

Não consigo parar de reviver esse dia na minha cabeça“, afirmou na quinta-feira, segundo o Washington Post, Tawainna Anderson.”É altura de estes desafios perigosos terminarem, para que outras famílias não vivam o luto que nós vivemos todos os dias.”

No processo contra o Tik Tok, a mãe de Nylah explica que, dias antes da tragédia, a plataforma tinha já sugerido vídeos do desafio à criança. Por isso, considera, o algoritmo da rede social foi responsável pela decisão de Nylah Anderson.

Outras quatro crianças morreram em resultado deste desafio. Em abril de 2020, um rapaz de 14 anos morreu na Austrália. Em janeiro de 2021, uma criança de 10 anos foi vítima do mesmo jogo em Itália e o mesmo aconteceu em abril desse mesmo ano a um rapaz de 12 anos no Colorado e em julho de 2021 a outro rapaz de 12 anos no Oklahoma, os dois nos Estados Unidos da América.

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