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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 85.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 2 anos

Rússia expulsa 5 funcionários da embaixada portuguesa em Moscovo. Kremlin atualiza número de soldados ucranianos que se renderam na Azovstal: 1.730. Kadyrov reconhece "dificuldades" russas na Ucrânia.

Ukrainian forces take back village of Malaya Rogan
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O controlo da aldeia de Malaya Rogan, nos arredores de Kharkiv, foi retomado pelas forças ucranianas

Anadolu Agency via Getty Images

O controlo da aldeia de Malaya Rogan, nos arredores de Kharkiv, foi retomado pelas forças ucranianas

Anadolu Agency via Getty Images

Esta quinta-feira, em que António Costa está de visita à Roménia, numa visita oficial que, revelou esta quarta-feira Marcelo Rebelo de Sousa, culminará na Ucrânia, após passagem pela Polónia, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo anunciou à embaixadora Madalena Fischer que cinco funcionários da embaixada de Portugal em Moscovo têm 14 dias para sair do país.

Os cinco funcionários portugueses receberam ordem de expulsão da Rússia um mês e meio depois de o ministério liderado por João Gomes Cravinho ter dado duas semanas a 10 funcionários da embaixada russa em Lisboa para abandonarem o país. No comunicado de reação, divulgado ao final da manhã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros repudiou a decisão, que diz “não ter qualquer justificação que não seja a simples retaliação”.

Em Mariupol, na metalúrgica Azovstal, continua a operação de retirada de soldados ucranianos. Durante a madrugada, informou o Ministério da Defesa russo, saíram várias dezenas de combatentes — nas últimas 24 horas foram 771, 80 deles feridos; desde o início da rendição foram 1.730.

Neste que é o 85.º dia desde a invasão da Ucrânia continuam os combates na região do Donbass, com alguns sinais, por parte de entidades tão díspares como o Ministério da Defesa britânico ou Ramzan Kadyrov, o chefe da República da Chechénia, de que as forças russas estarão a passar por “dificuldades”.

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Mapa atualizado a 19 de maio

Ana Martingo

Eis um ponto da situação, para ficar a par de tudo o que aconteceu nas últimas horas da guerra na Ucrânia. Pode ler também o liveblog do Observador, onde todas as notícias sobre o conflito são atualizadas ao minuto.

“Isto não é um exagero”. Zelensky diz que situação em Donbass é um “inferno” — e volta a falar em “genocídio”

O que aconteceu durante a tarde e a noite

  •  O dia ficou marcado pelo facto de Sviatoslav Palamar, um dos comandantes do Batalhão Azov, ter confirmado que algumas das altas patentes militares permanecem na fábrica siderúrgica de Azvostal.
  • O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que “continuou a libertação da região de Kharkiv” pelas forças armadas ucranianas. No entanto, na região de Donbass, “os ocupantes continuam a aumentar a pressão”. “É um inferno e isto não é um exagero.”
  • O Pentágono alertou que, apesar dos sucessos das forças ucranianas em Kharkiv, o Exército russo está a conseguir reforçar o seu controlo sobre o Donbass e o sul do país, significando que o conflito pode durar muito tempo.
  • A Rússia reivindicou a detenção do comandante adjunto de uma unidade que pertencia ao batalhão nacionalista ucraniano Aidar, antes da sua reorganização e absorção pelo exército ucraniano.
  • O Telegraph partilhou na rede social Twitter um vídeo no qual é possível ver um militares ucranianos a rebentar, com recurso a explosivos, uma ponte na região de Lugansk.
  • A responsável pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Manal Fouani, alertou que, se a invasão russa durar até ao final do ano, 90% dos ucranianos podem entrar em risco de pobreza.
  • O Senado norte-americano aprovou um pacote de ajuda na ordem dos 40 mil milhões de dólares (aproximadamente 38 milhões de euros) à Ucrânia, o maior até ao momento.
  • As forças russas não estão a deixar que mil carros saiam da alfândega de Vasylivka, em Zaporíjia. Os civis não podem, por isso, entrar nos territórios controlados pela Ucrânia ou regressar a zonas ocupadas por tropas pró-russas.
  • O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, disse que era um “grande dia”: “Estou orgulhoso de receber a aplicação à NATO da Finlândia e da Suécia, dois parceiros que se querem juntar à aliança defensiva mais forte do mundo”.
  • O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, acusou a Rússia de usar a fome como arma de guerra contra a Ucrânia e de pôr em perigo outros países devido ao seu bloqueio às exportações agrícolas ucranianas.

O que aconteceu durante o fim da manhã e o início da tarde

  • Em comunicado, o governo português repudiou a expulsão dos cinco funcionários da embaixada russa em Moscovo, que diz “não ter qualquer justificação que não seja a simples retaliação”. O texto enviado às redações faz referência aos 10 diplomatas russos expulsos de Portugal pelo ministério liderado por João Gomes Cravinho, há cerca de um mês e meio: “Ao contrário dos funcionários russos expulsos de Portugal, estes funcionários nacionais levavam a cabo atividades estritamente diplomáticas, em absoluta conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”;
  • O Governo ucraniano anunciou que não quer negociar com a Rússia mais nenhum cessar-fogo e exigiu a retirada completa das tropas russas, enquanto Moscovo se afirmou disponível para retomar as negociações desde que Kiev o peça. “Não nos ofereçam um cessar-fogo: é impossível sem a retirada total das tropas russas”, escreveu o conselheiro do Presidente ucraniano Mykhailo Podoliak no Twitter;
  • Horas depois de o chanceler alemão ter rejeitado a criação de “um atalho” no processo, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano denunciou o “tratamento de segunda” que “algumas capitais” estão a dar à candidatura da Ucrânia à União Europeia;
  • O Presidente turco, Recep Erdoğan, já comunicou a países aliados da Turquia que vai opor-se à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, anunciou o próprio numa entrevista em que acusou os países de financiarem “terroristas”. “A NATO é uma aliança de segurança e não podemos aceitar que terroristas façam parte dela”;
  • A Rússia incluiu dois comandantes do Batalhão Azov numa lista de busca e captura por terem supostamente atentado contra a vida de pelo menos oito soldados russos na região de Kherson;
  • Depois de ontem terem sido retirados os corpos de uma mulher e de um bebé de apenas dois anos dos escombros de uma casa destruída em Bakhmut, esta quinta-feira a Rússia voltou a atacar a cidade, na região de Donetsk. Apesar de terem sido atingidos um edifício residencial de 5 pisos, uma moradia e um prédio de escritórios, não há vítimas mortais a lamentar, apenas seis feridos em situação estável;
  • Os 850 restaurantes McDonald’s da Rússia vão ser comprados por Alexander Govor, o proprietário dos 25 restaurantes da multinacional na Sibéria. A McDonald’s, que anunciou o negócio, não revelou os valores envolvidos. Denis Manturov, o  ministro russo do Comércio, já fez saber que o governo vai prestar ao novo proprietário “toda a assistência necessária”.

O que aconteceu durante a madrugada e início da manhã

  • Estado-Maior da Ucrânia diz que, desde o início da guerra, já morreram 28.500 soldados russos. A juntar à lista de perdas às mãos das forças ucranianas, acrescentou o exército ucraniano, estão também 1.254 tanques, 3.063 veículos blindados de combate, 595 peças de artilharia, 199 sistemas de lançamento de mísseis, 93 mísseis terra-ar, 167 helicópteros, 203 aviões e 13 barcos;
  • Ramzan Kadyrov, aliado de Putin que comanda forças chechenas na Ucrânia, admitiu esta quarta-feira que as forças russas estão a encontrar “dificuldades” na sua missão de invasão à Ucrânia — contrariando a tese oficial do Kremlin, que vai reiterando que a “operação especial” no país está a correr bem e de acordo com o previsto. De acordo com o chefe da República da Chechénia, é ao apoio dos países da NATO e do Ocidente à Ucrânia que se devem os revezes sofridos pela Rússia: “Hoje estamos a lutar não contra a Ucrânia mas contra a NATO. A NATO e o Ocidente têm lá os seus mercenários. E é por isso que o nosso Estado está a encontrar dificuldades”;
  • Lyudmila Denisova, a provedora dos Direitos Humanos da Ucrânia, atualizou esta quinta-feira o número de crianças vitimadas pela guerra — pelo menos 231 morreram e 427 ficaram feridas. Os números reais deverão ser consideravelmente superiores, alertou;
  • Aleksandr Bobykin e Aleksandr Ivanov, os dois soldados russos que esta quinta-feira foram presentes ao tribunal de Kharkiv, acusados de crimes de guerra, declararam-se culpados;
  • Na Roménia, António Costa prometeu defender as fronteiras dos países da NATO como defenderia Portugal. Esta manhã, durante o encontro com o seu homólogo romeno em Bucareste, o primeiro-ministro português deixou uma garantia: “Não consentiremos qualquer guerra no território da NATO”;
  • Na sua habitual atualização diária, o Ministério da Defesa britânico diz que, nas últimas semanas, a Rússia despediu “comandantes seniores cujo desempenho nas primeiras etapas da invasão russa foi considerado pobre” e aponta para a prevalência de “uma cultura de encobrimentos e de bodes expiatórios” tanto no exército russo como no Kremlin, que poderá colocar em causa todo o modelo de “comando e controlo” do país. “Será difícil à Rússia recuperar a iniciativa nestas condições”, pode ler-se no relatório;
  • O chanceler alemão Olaf Scholz mostrou-se esta quinta-feira desfavorável à criação de um “atalho” para a Ucrânia aderir à União Europeia, alertando que se trata de um processo que se pode prolongar durante “meses ou alguns anos”;
  • Em entrevista ao Corriere della Sera publicada esta quinta-feira, Sanna Marin, a primeira-ministra da Finlândia, disse que não quer bases da NATO nem armas nucleares estacionadas no país, mesmo que a proposta de adesão do país à aliança seja aprovada.

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