O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou esta quarta-feira a NATO de “não fazer absolutamente nada” em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Por outro lado, o representante ucraniano louvou as “decisões revolucionárias” da União Europeia.

As declarações, de acordo com a Euronews, foram feitas no Fórum Económico Mundial, em Davos. Kuleba salientou que, antes da guerra, a população ucraniana via a NATO como uma “potência” e a União Europeia como uma instituição que apenas “expressava preocupação”, mas “a guerra fez cair a máscara”.

Temos visto decisões revolucionárias a serem tomadas pela União Europeia, que nem eles próprios esperavam ter de tomar”, concluiu.

Armas: Kiev pressiona EUA

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirmou ainda, durante a mesma intervenção, que o país precisa de sistemas de lançamento de mísseis com urgência, numa altura em que a situação na região do Donbass é “extremamente complicada“.

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De acordo com a Sky News, o ministro afirmou ter-se reunido com 10 líderes cujos países têm este armamento e a resposta terá sido sempre a mesma: “Os americanos não vos deram já essas armas?

Washington deve manter a sua promessa e fornecer-nos os sistemas de lançamento de mísseis o mais cedo possível. Os outros seguirão [o exemplo]”, concluiu, salientado que sem este tipo de armamento a situação no leste da Ucrânia “irá tornar-se pior do que já está“.

De acordo com Dmytro Kuleba, estes sistemas de lançamento de mísseis são necessários para que as forças ucranianas consigam reentrar nas localidades ocupadas por Moscovo, como é o caso da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia.