A antiga chanceler alemã, Angela Merkel, deu esta terça-feira a sua primeira grande entrevista desde que abandonou o cargo de liderança e a guerra da Ucrânia foi tema central. A antiga governante germânica frisou que tentou evitar ao máximo a situação que se vive atualmente na Ucrânia, mas admite que não se culpabiliza pelo desfecho dos acontecimentos.

Na entrevista desta terça-feira, de acordo com a Reuters, Merkel rejeitou qualquer responsabilidade pela guerra, recordando o fracasso dos acordos de Minsk. “É uma grande tristeza que não tenham dado certo, mas não me culpo por não tentar”, declarou relativamente ao acordo de 2014 que estabelecia um cessar-fogo entre o exército ucraniano e separatistas russos.

Relativamente à sua decisão de não permitir a adesão da Ucrânia à NATO, em 2008, Merkel defendeu que o veto foi essencial. De outra maneira, “Putin faria algo que não seria bom para a Ucrânia”. Para a antiga chanceler alemã, esta posição permitiu travar a escalada de tensão e deu tempo a Kiev para crescer como país. “Aquela não era a Ucrânia de hoje em dia. O país não era estável, estavam embrulhado em corrupção”, defendeu.

A antiga líder considerou ainda não existir qualquer justificação para “o desrespeito brutal da Rússia pela lei internacional“ e que está na decisão de Moscovo de invadir a Ucrânia a 24 de fevereiro deste ano.

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