O líder do PSD reagia, em Maputo, no final de uma visita a Moçambique, ao ser confrontado com um artigo intitulado “Indignação”, publicado no jornal Público pelo escritor moçambicano Mia Couto, que também esteve entre milhares de pessoas sem assistência durante horas de fila.

“Não tive oportunidade de ler, mas falaram-me do artigo”, referiu Rui Rio, que enquadrou o caso na “avaliação política global do setor” da aviação, ou seja, juntamente com a gestão da TAP.

Enquanto há esperas em terra, Rui Rio considerou que há demasiado dinheiro pelo ar, “despejado em cima da TAP”, uma empresa com “um historial de prejuízos, desde sempre, e um historial de regalias excessivas”.

“Inclusive já vamos ouvindo que há sindicatos na TAP” que “já estão a pensar em fazer greves para a reposição dos salários”, graças à retoma de voos, com o alívio de restrições relacionadas com a covid-19, afirmou.

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E concretizou de seguida: “estamos a falar, naturalmente, de salários muito altos, e não têm problema com isso porque são os contribuintes portugueses que vão pagar”.

“Se resolveram que a TAP devia ser pública, ela tem de prestar um serviço público e não se podem queixar” que não o presta “por falta de dinheiro, porque se há coisa que tem sido atirada para cima da TAP, são os impostos dos portugueses”.

A ANA Aeroportos anunciou no domingo “tempos de espera elevados que ultrapassaram as três horas” devido “à insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento”.

O SEF alegou na segunda-feira que as longas filas refletem o aumento exponencial do turismo e uma infraestrutura desadequada para o número de passageiros.

Mesmo com o total de posições (16) a funcionar na segunda, após as esperas de domingo, o tempo de espera manteve-se em duas horas, detalhou.