Os três polícias envolvidos no caso de agressões a Claúdia Simões, ocorrido em 2020, e que o Ministério Público (MP) acusou vão a julgamento, decidiu a juíza de instrução do Tribunal da Amadora esta segunda-feira, noticia o Público. São eles Carlos Canha, João Carlos Cardoso Neto Gouveia e Fernando Luís Pereira Rodrigues.

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A juíza confirmou na íntegra a acusação do MP — em setembro de 2021 acusou Carlos Canha de três crimes de ofensa à integridade física qualificada, três de sequestro agravado, um de abuso de poder e outro injúria agravada contra Cláudia Simões. Os outros dois agentes, que estavam no carro quando tudo isto aconteceu, o MP acusava, cada um deles, de um crime de abuso de poder e de não atuarem com foco a impedir que aquele agente a agredisse.

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O inquérito contra Cláudia Simões foi arquivado pelo MP (e agora pela juíza de instrução), por considerar que não havia provas contra a própria em relação aos crimes de resistência e coação sobre funcionário e ofensas à integridade física de que era acusada pela polícia. À data, a PSP defendeu-se, afirmando que Cláudia tentou resistir à detenção, mordendo a mão e o braço direito do agente.

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Cláudia Simões é uma portuguesa de 42 anos que terá sido agredida por agentes da PSP na noite de dia 19 de 2020, na Amadora, em frente à filha Vitória, de 8 anos, tendo ficado “num estado grave”, conduzida depois ao Hospital Amadora-Sintra. Nas redes sociais foi publicado um vídeo com parte da detenção, no qual é possível ver um agente da PSP em cima da mulher. Na causa do incidente terão estado desacatos com o motorista do autocarro e, posteriormente, com a PSP, por Vitória não ter um um bilhete para andar no autocarro.