O bispo das Forças Armadas e de Segurança sublinhou esta quarta-feira que “o mundo assiste (…), estupefacto, à inenarrável invasão da Ucrânia” pela Rússia, “onde está a ser demonstrado o quão importante é, em termos civilizacionais, a existência do limite”.

Na homilia da missa comemorativa dos 155 anos da PSP, na igreja da Penha de França, em Lisboa, Rui Valério disse que a Polícia de Segurança Pública tem como “último desafio” o estabelecimento de uma “linha-limite” que defende a segurança e a paz.

As chamadas linhas vermelhas, garantem o que, “em caso algum, não pode ser destruído, ou aniquilado”, nomeadamente “a dignidade do ser humano”, pelo que “a PSP de hoje, (…) tem como último desafio não apenas garantir a segurança dos cidadãos, das comunidades e do país, mas também de, socialmente, ser a afirmação de uma linha-limite para além da qual não se pode, não se deve ir”, disse o bispo, citado pela agência Ecclesia.

Para Rui Valério, a PSP, promove a “segurança, justiça, legalidade e ordem”, ao mesmo tempo que o garante de que “nem tudo o que é possível fazer se pode efetivamente realizar”.

“Sendo a vocação da Polícia a implementação de valores fundados no direito e na ética, só podemos reconhecer que a sua ação se insere no contexto da promoção da vida plena, não da vida fragmentada. E essa, só se conjuga com a integralidade pessoal feita, sobretudo, da força da dignidade, da justiça, da paz, da liberdade: esta é a razão de ser — oferecer aos cidadãos a plenitude”, disse o bispo responsável pelo Ordinariato Castrense, para quem a segurança e a paz “não são apenas ausência de guerra”.

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