A Rússia reivindicou esta sexta-feira ter destruído um “hangar” onde se encontravam obuses norte-americanos e eliminado 30 militares ucranianos que estavam a bombardear áreas residenciais de Donetsk, no leste da Ucrânia.
A operação ocorreu na localidade de Chasov Yar, na região de Donetsk, e envolveu uma “arma de alta precisão das Forças Aeroespaciais russas“, disse o porta-voz do comando militar russo, tenente-general Igor Konashenov, citado pelas agências russa TASS e espanhola EFE.
Konashenov disse que no “hangar” estavam “até 30 militantes ucranianos” a bombardear áreas residenciais de Donetsk com “obuses norte-americanos M777 de 155 milímetros”.
Disse também que a artilharia russa atingiu 117 posições ucranianas, “incluindo dois pontos de colocação de mercenários estrangeiros na região de Kharkiv” no leste do país.
De acordo com Konashenkov, o exército russo destruiu 22 postos de comando na região no último dia.
Também relatou ataques russos nas regiões de Dnipro, Donetsk e Mykolayiv.
Nesta última região, os aviões russos abateram dois Su-25 da força aérea ucraniana, acrescentou o porta-voz militar de Moscovo.
As informações sobre as operações militares na Ucrânia divulgadas pelas duas partes em conflito não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Após uma primeira fase de ataques em várias frentes, incluindo a capital, Kiev, as forças russas concentraram-se nos últimos meses na conquista da região oriental do Donbass, que inclui Donetsk e Lugansk.
Pelo menos nove mortos em bombardeamentos na região de Donetsk
Trata-se de duas autoproclamadas repúblicas populares que a Rússia reconheceu como independentes dias antes de lançar a ofensiva na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na altura que estava a responder a pedidos de ajuda das forças separatistas para pôr termo ao que designou por “genocídio” da população russófona do Donbass.
Conselheiro de Zelensky: declarações de Putin são “mais uma prova de genocídio deliberado”
Os separatistas pró-russos do Donbass, apoiados por Moscovo lutam contra Kiev desde 2014, quando a Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia.
A guerra na Ucrânia, que entrou este sábado no 136.º dia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.
Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.