O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, considera que as sanções adotadas pela União Europeia (UE) contra a Rússia são um “tiro nos pulmões” da economia dos 27. “Inicialmente pensei era apenas um tiro no pé, mas agora é claro que a economia europeia está a ficar sem ar.”
Numa entrevista à rádio estatal húngara Magyar Rádió citada pela Euronews, Viktor Orbán indicou que as sanções aumentaram o preço do gás, assim como o dos combustíveis, e deixaram vários Estados-membros sozinhos à procura de novos fornecedores.
Para o primeiro-ministro húngaro, a União Europa deve continuar a apoiar a Ucrânia, mas é fundamental que altere a estratégia adotada até agora. “As sanções não ajudam a Ucrânia”, afirmou, acrescentando que produzem um efeito “negativo para a economia europeia”. “Se tudo continuar assim, mataremos a economia europeia”, vaticinou.
Viktor Orbán antecipa que chegará o “momento da verdade” e os líderes da UE terão de “admitir” o seu erro: “A política de sanções foi baseada em pressupostos errados e deve ser alterada”.
Apesar de condenar a invasão da Rússia à Ucrânia, a Hungria tem sido o país da União Europeia que mais se tem oposto à aplicação de sanções contra Moscovo.