Por muito criativos e competentes que sejam os técnicos responsáveis pela Lucid Motors, montar uma fábrica de raiz e conceber o primeiro veículo, para mais uma berlina particularmente complexa como o Air, que é a mais potente e luxuosa do mercado, não é tarefa fácil para um construtor que dá os primeiros passos. Daí que os problemas se sucedam e as dificuldades se acumulem, não facilitando o alcançar do ambicionado incremento da produção que permita entregar os Lucid Air aos clientes que o aguardam.

Depois dos defeitos de suspensão terem atrasado o aparelho fabril da marca, logo no início de 2022, agora são as baterias a causar cabelos brancos aos responsáveis pelo jovem construtor. De acordo com a imprensa local, nos últimos quatro meses, foram duas as vezes em que foi necessário recorrer aos bombeiros do Arizona, perto de Casa Grande, onde a fábrica está instalada.

A Business Insider reportou o problema, apoiando-se nos relatórios que obteve através dos bombeiros. Ao que parece, os dois incidentes envolveram baterias que se incendiaram, tendo sido necessário mergulhá-las num tanque com água, única forma de exterminar o fogo rapidamente e de forma eficaz.

O primeiro caso ocorreu em meados de Março. Uma bateria começou a emitir fumo e depois a arder, em mais um exemplo de thermal runaway. Quando os bombeiros chegaram ao local, já tinha sido submersa para apagar o incêndio. Segundo o relatório, apenas uma pessoa sofreu queimaduras que aconselhassem uma ida ao hospital.

O segundo caso aconteceu no final de Junho, em condições similares e, também desta vez, quando os bombeiros tomaram conta da ocorrência já a bateria estava mergulhada no tanque, mas apenas parcialmente. Talvez por isso, a libertação de fumo foi superior, o que levou à hospitalização de quatro funcionários da marca devido a problemas respiratórios causados pela inalação de fumo.

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