Estrasburgo vai ser a Capital Mundial do Livro em 2024, anunciou esta quarta-feira a UNESCO, salientando o facto de aquela cidade francesa usar o livro “como meio para enfrentar os desafios da coesão social e das alterações climáticas”.
Em tempos incertos, muitos recorrem aos livros como refúgio e fonte de sonhos. De facto, os livros têm essa dupla capacidade única de nos entreter e de nos instruir. É por isso que devemos assegurar o acesso de todos ao conhecimento e à reflexão por meio do livro e da leitura”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, citada num comunicado hoje divulgado por aquela instituição, salientando ser esse o propósito da designação anual da Capital Mundial do Livro.
Estrasburgo sucede a Acra, no Gana, que será a Capital Mundial do Livro em 2023.
A UNESCO e o comité consultivo da Capital Mundial do Livro ficaram “impressionados” com o destaque dado por Estrasburgo ao livro “como meio para enfrentar os desafios da coesão social e das alterações climáticas, com programas como ‘Ler para o Planeta'”, lê-se no comunicado.
A cidade francesa “destaca o papel do livro na partilha das preocupações ambientais e conhecimento científico, ao mesmo tempo dá prioridade aos jovens enquanto agentes de mudança”.
Estrasburgo foi ainda elogiada pelo “património literário e atividades que visam o cruzamento da literatura com outras disciplinas artísticas, como a música, a dramaturgia e a ilustração”.
Além disso, a cidade “tem uma sólida experiência na organização de grandes eventos voltados para o exterior”.
As comemorações da Capital Mundial do Livro 2024 iniciam-se em 23 de abril daquele ano, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.
As cidades designadas Capital Mundial do Livro pela UNESCO comprometem-se a promover livros e leitura e a organizar atividades ao longo do ano.
Estrasburgo é a vigésima quarta cidade a obter este título desde 2001.
As cidades que as antecederam foram: Madrid (2001), Alexandria (2002), Nova Deli (2003), Antuérpia (2004), Montreal (2005), Turim (2006), Bogotá (2007), Amesterdão (2008), Beirute (2009), Ljubljana (2010), Buenos Aires (2011), Erevan (2012), Banguecoque (2013), Porto Harcourt (2014), Incheon (2015), Breslávia, (2016), Conacri (2017), Atenas (2018), Xarja (2019), Kuala Lumpur (2020), Tbilisi (2021) e Guadalajara (2022).
O comité consultivo da Capital Mundial do Livro inclui representares da Federação Europeia e Internacional de Livreiros, do Fórum Internacional de Autores, da Federação Internacional das Associações de Bibliotecas, da Associação Internacional de Editores e da UNESCO.