O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, levantou, esta segunda-feira, o espetro do desastre de Chernobyl e pediu novas sanções contra a Rússia, na sequência de novas ataques contra a central nuclear de Zaporíjia, ocupada pelos russos.

O mundo não deve esquecer Chernobyl e o facto de que Zaporizhzhia é a maior central da Europa. O desastre de Chernobyl [em 1986] foi a explosão de um reator e a central de Zaporíjia tem seis reatores”, alertou Zelensky no discurso diário. O líder ucraniano lembrou o acidente no reator número 4 na central de Chernobyl, que explodiu a 26 de abril de 1986, causando o maior acidente nuclear civil e libertando uma nuvem radioativa que se espalhou por toda a Europa.

O local da fábrica de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, está sob controlo russo desde 4 de março. Já foi bombardeada duas vezes no final da semana passada, incluindo perto de um reator. Na sexta-feira, as autoridades ucranianas acusaram as forças russas de realizar três ataques perto de um reator da central nuclear, que se situa numa região controlada pela Rússia desde o início da invasão. Já o exército russo, por seu lado, diz que as forças ucranianas estão na origem dos ataques, que provocaram um incêndio na central.

São necessárias novas sanções contra o Estado terrorista e toda a indústria nuclear russa, que está a criar a ameaça de uma catástrofe nuclear”, disse Zelensky.

No discurso diário, Zelensky destacou também a importância de uma derrota total da Rússia. “Apenas a derrota óbvia do agressor, a perda de tudo o que capturou e a sua responsabilização internacional ao nível legal são garantias contra uma guerra”, sublinhou. Acrescentou ainda que à Ucrânia deve ser devolvido tudo o que as forças russas “tomaram temporariamente”.

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