As forças armadas russas terão formado uma nova unidade militar a partir de batalhões voluntários, a quem agora estão a ser pagas grandes quantias de dinheiro, para apoiar os esforços de guerra na Ucrânia.

“Para apoiar a operação na Ucrânia, a Rússia terá quase certamente estabelecido uma nova formação de forças terrestres”, avança o Ministério da Defesa do Reino Unido, explicando que a nova unidade militar tem base em Mulino, a leste de Moscovo.

No rescaldo das explosões a uma base área russa na Crimeia – península ucraniana anexada pela Rússia em 2014 -, Kiev negou as responsabilidade pelas explosões de terça-feira. Podolyak disse que as explosões podem ter tido várias causas, desde uma detonação acidental de munições, como alegou o Ministério da Defesa russo, até ao resultado de uma “gestão ineficiente das forças armadas da Federação Russa”. No entanto não excluiu a possibilidade de uma ação por parte de civis que querem a libertação a região.

No 168.ª dia de guerra, o Presidente da Ucrânia deixou uma mensagem aos ocupantes russos dos territórios temporariamente ocupados: a sua única opção é fugir. “Independentemente do que os invasores prometam, a sua única saída é fugir, na melhor das hipóteses, se conseguirem a tempo”, afirmou Zelensky no discurso diário.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O que aconteceu durante o fim da tarde e noite?

  • O Serviço de Segurança da Ucrânia intercetou uma conversa na qual um militar russo ordena que se dispare sobre vários civis. Um homem que sobreviveu ao ataque estará disposto a testemunhar.
  • O jornal independente russo Novaya Gazeta foi multado em 350.000, cerca de 5500 euros, por “abusar da liberdade de imprensa”.
  • O primeiro navio carregado de milho que deixou o porto ucraniano de Odessa, rumo ao Líbano, atracou na Turquia e aguarda um comprador.
  • Espanha avançou com um teste para retirar da Ucrânia cereais para exportação por comboio, em alternativa ou complemento à via marítima.
  • O secretário de Defesa britânico revelou que o Reino Unido está a investigar as explosões na base russa na Crimeia. Ben Wallace diz ser “improvável” que tenham sido provocadas por armas fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia.
  • Bombardeamentos russos e a detonação de minas terrestres na cidade de Bakhmut, em Donetsk, provocaram sete mortos e seis feridos.
  • As autoridades ucranianas acusaram as forças russas de bombardeamentos nas proximidades da central nuclear de Zaporíjia, que terão vitimado 14 civis.
  • A Estónia protestou formalmente uma violação no seu espaço aéreo, após a entrada de um helicóptero russo na terça-feira. O embaixador russo já foi convocado.

O que aconteceu durante a manha e início da tarde?

  • Chegou à Ucrânia o segundo navio comercial desde o início da invasão russa. O Osprey ancorou no porto de Chornomorsk, na cidade de Odessa.
  • A Transneft, empresa estatal russa de oleodutos, disse que vai reiniciar os fluxos de petróleo na parte sul do oleoduto Druzhba.
  • As forças ucranianas dizem ter tornado uma ponte em Kherson “inoperável”.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia pediu aos países da UE e do G7 para deixarem de emitir vistos para os cidadãos russos, uma repetição do apelo feito pelo Presidente Zelensky.
  • O embaixador da China em Moscovo, Zhang Hanhui, acusou os EUA de serem o “principal instigador” da crise ucraniana.
  • A Rússia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação na central nuclear ucraniana de Zaporíjia. Um representante russo refere que o encontro vai decorrer em Nova Iorque na quinta-feira.
  • A jornalista russa que interrompeu um telejornal russo com um cartaz contra a guerra na Ucrânia foi novamente detida, depois de as autoridades russas terem levado a cabo buscas na sua casa.
  • Uma pessoa morreu depois de as forças armadas russas terem disparado quatro rockets contra a vila de Kushugum, na região de Zaporíjia.
  • As forças armadas russas terão formado uma nova unidade militar a partir de batalhões voluntários, a quem estão a ser pagas grandes quantias de dinheiro, avançou o Ministério da Defesa do Reino Unido.