Imagine o espanto dos automobilistas que circulavam numa pacata auto-estrada, a caminho do escritório ou numa ida às compras, quando de repente se sentiram a disputar um Grande Prémio de Fórmula 1. É a que ao seu lado estava o que parecia ser um F1 da Ferrari, decorado a rigor e tudo, onde nem sequer faltava o patrocinador histórico Marlboro.

O fórmula em causa era na realidade um carro de GP2, disciplina que substituiu a F3000 em 2005, para depois ceder o seu posto como modalidade de acesso à F1 em 2016, quando a Federação Internacional do Automóvel (FIA) fez regressar a F2. Mas estes GP2, que sagraram como vencedores nomes como Nico Rosberg, em 2005, e Lewis Hamilton, no ano seguinte, eram umas máquinas impressionantes, com chassis Dallara e um motor 4.0 V8 atmosférico, similar aos utilizados pela F1 no passado.

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Este V8, com 612 cv e capaz de atingir 10.000 rpm, está associado a uma caixa Hewland sequencial semiautomática com seis velocidades, que torna o GP2 extremamente rápido, uma vez que o seu peso não ultrapassa 688 kg. As imagens foram publicadas inicialmente por um utilizador do Twitter, onde é possível ver o GP2 disfarçado de Ferrari com o “piloto” lá dentro, vestido a rigor, com capacete e fato de competição.

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O GP2 foi apanhado a circular na via pública em plena República Checa, o que configura uma situação ilegal sob vários aspectos. Além do fórmula não estar homologado para circular em estrada aberta ao público, a ausência de luzes e de indicadores de direcção, os pneus “carecas” (os slicks não têm rasgos para escoar água) e o ruído excessivo do V8 (apesar de emocionante, para quem gosta), entre muitos outros pormenores, exigiriam que o polícia tivesse um livro de multas a estrear, uma vez que necessitaria de muitas folhas para punir a “habilidade” protagonizada por este condutor que, ao que parece, nem é a primeira vez que transgride. Alegadamente, já tinha sido apanhado em 2019 a dar uma passeata com o seu GP2 na via pública.