A ministra da Defesa, Helena Carreiras, foi a representante do Governo português na Plataforma para a Crimeia, um evento que ocorreu esta terça-feira e que reuniu vários líderes mundiais para debater a questão na região. A governante garantiu que Portugal vai manter o “compromisso” na defesa da “integridade e soberania territorial da Ucrânia” — e vai apoiar Kiev o “tempo que for necessário”.

Segundo a ministra, “a 24 de fevereiro, o mundo relembrou-se dolorosamente como as ocupações ilegais territoriais” podem levar a outros conflitos, exemplificando com o que aconteceu na Ucrânia e a anexação russa da Crimeia em 2014. “Foi um ponto de início da agressão injustificada à Ucrânia”, apontou, acrescentando que Portugal condenou a ação de Moscovo.

A guerra de agressão nos últimos seis meses “não é apenas um ataque brusco às fundações à arquitetura de segurança”, como também teve impacto na passagem de mercadorias no mar de Azov e no mar Negro — o que afetou a exportação de cereais.

“Estas agressões não podem ser toleradas”, disse a ministra, que assinalou que Portugal tem participado em vários fóruns internacionais para resolver a questão da Crimeia, principalmente após a invasão da Rússia à integridade da Ucrânia.

Lembrando a visita de António Costa a Kiev, Helena Carreiras vincou que Portugal vai apoiar o governo ucraniano em todos os fóruns internacionais, tendo já fornecido ajuda militar, humanitária e diplomática. “Estamos prontos para dar mais assistência o tempo que for necessário e ajudar no processo de reconstrução.”

Helena Carreiras elogiou a iniciativa Plataforma para a Crimeia, que é uma “referência” para tentar resolver os desafios de segurança que a comunidade internacional enfrenta. A ministra acredita que a Ucrânia poderá confiar na “solidariedade internacional” e sinalizou que a liderança e o povo ucraniano “inspiram” todo o mundo.

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