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A Polónia juntou-se esta quinta-feira aos Estados bálticos — Lituânia, Letónia e Estónia — e os quatro vão restringir ao máximo a entrada nos respetivos territórios, a partir de 19 de setembro, de cidadãos russos com vistos para o espaço Schengen.

A decisão destes quatro países com fronteira com a Rússia de restringirem a entrada de cidadãos russos para fins turísticos, culturais, desportivos e comerciais foi anunciada num comunicado conjunto assinado pelo primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e os seus homólogos dos países bálticos — a estónia Kaja Kallas, a lituana Ingrida Simonyte e o letão Arturs Kriszjanis Karins.

Os três Estados bálticos deixaram de emitir vistos turísticos e outras autorizações a cidadãos russos pouco tempo depois do início da invasão russa da Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro.

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No entanto, até agora, os cidadãos russos com vistos de qualquer um dos países do espaço Schengen (espaço europeu de livre circulação) podiam viajar livremente para os territórios destes países bálticos.

Na mesma nota conjunta, assinada pelos quatro chefes de Governo, pode ler-se que “os países fronteiriços com a Rússia estão cada vez mais preocupados com o afluxo significativo e crescente de cidadãos russos através das suas fronteiras para a União Europeia (UE) e para o espaço Schengen”.

Acreditamos que isto começa a representar uma séria ameaça à segurança pública e a todo o espaço Schengen”, prossegue o texto dos primeiros-ministros da Polónia, Lituânia, Letónia e Estónia, até porque “três quartos dos cidadãos russos apoiam a agressão da Rússia contra a Ucrânia”.

Estes quatro países comprometem-se a pôr em prática a quase total limitação de vistos aos russos “antes de 19 de setembro de 2022” e garantem que vão “continuar a procurar uma abordagem comum ao nível da UE” sobre este assunto.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE decidiram, na semana passada, em Praga, suspender um acordo de liberalização dos vistos com a Rússia.

No entanto, não validaram uma proibição de vistos mais ampla, como tinham solicitado a Polónia e os Estados bálticos, que na altura avisaram que avançariam então juntos.

Serão abertas exceções para diferentes categorias, incluindo “dissidentes”, “casos humanitários”, razões familiares e titulares de autorizações de residência na UE, bem como o trânsito de viajantes de e para o enclave russo de Kaliningrado, no Báltico, de acordo com o comunicado.

“Continuamos a afirmar a necessidade de apoiar os opositores ao regime de [Presidente russo, Vladimir] Putin e oferecer-lhes oportunidades para deixarem a Rússia”, refere o texto.