A partir desta segunda-feira basta telefonar para o número 808 910 555 para que a Polícia Municipal de Lisboa atenda do outro lado e saiba imediatamente que se trata de uma queixa relacionada com o barulho na rua. A “Linha Ruído“, assim chamada, foi criada pela autarquia e estará especialmente dedicada às queixas dos lisboetas.
A autarquia de Moedas fala numa ferramenta “para lá da fiscalização proativa” que tem desempenhado. “Esta linha é um canal direto e dedicado para os munícipes reportarem à autarquia situações de ruído excessivo”, nota o vereador Ângelo Pereira.
A Câmara nota que “o ruído excessivo constitui um dos fatores que mais compromete o bem-estar das pessoas” e que é precisamente esse bem-estar a “preocupação fundamental” do Executivo: “O direito ao descanso é um direito humano elementar.”
Ao Observador, o vereador Ângelo Pereira nota que o tema do “excesso de ruído tem sido manifestado por muitos munícipes”. “Temos procurado reforçar vários instrumentos e meios para este problema. Sabemos bem que é uma gestão de equilíbrio, por natureza sempre difícil, entre o uso residencial e as atividades comerciais na cidade, mas não podemos baixar os braços”, diz o vereador que considera a linha “uma resposta muito concreta” ao problema dos moradores na cidade.
Moradores de bairros de Lisboa querem medidas contra o ruído para poderem dormir
Em agosto, vários moradores de zonas como o Cais do Sodré, Bairro Alto ou Santos queixaram-se publicamente do barulho e do agravar da situação. Teresa Fraga, da Associação de Moradores de Santos relatava à agência Lusa que há 13 anos vivia na zona de Santos e que “nunca” se viveu uma situação semelhante.
O facto de a pandemia ter criado hábitos de convivência ao ar livre aumentou o registo de ‘botellón’ nas zonas de diversão noturna e agravou o problema de barulho nas ruas, incomodando quem vive nas imediações de espaços de diversão noturna.