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A NATO avisou todos os seus estados membros de que a “arma do apocalipse está em movimento“. O submarino nuclear K-329 Belgorod carrega o poderoso míssil nuclear “Poseidon” que pode disparar um projétil por uma distância de 10 mil quilómetros debaixo de água, o que causaria um tsunami radioativo.

De acordo com o jornal italiano La Repubblica, a aliança atlântica teme que o submarino possa estar a preparar-se para testar este violento torpedo, quando emergiu no Mar Ártico, depois de terem alegado que poderia estar envolvido na sabotagem dos gasodutos Nord Stream.

Com 184 metros de comprimento e 15 de largura, o submarino pode viajar até 60 quilómetros por hora debaixo de água, aguentado até 120 dias sem vir à superfície e carrega a poderosa arma com o nome do Deus do Mar.

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“É uma arma completamente nova que poderia forçar as marinhas do Ocidente a mudarem o seu planeamento”, afirmou o especialista H.I.Sutton, ao jornal italiano.

O Poseidon foi apresentado em 2018 pela Rússia como tentativa de se superiorizar no meio militar, e trata-se de um projétil com 24 metros capaz de levantar uma onda nuclear de duas megatoneladas.

Pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos em 1962, que os principais líderes do governo de Moscovo continuam a fazer ameaçar nucleares. As autoridades em Washington começaram a desenhar todos os possíveis cenários caso o presidente Vladimir Putin decida colocar em prática este tipo de armamento de forma a recuperar o respeito pela potência e compensar as falhas das tropas russas em terreno ucraniano, indica o The Washinghton Post.

Moscovo anunciou a retirada das tropas da cidade de Lyman

Na passada sexta-feira, as armas táticas nucleares estiveram mais uma vez presentes no discurso do presidente russo que voltou a reforçar “que vai utilizar todos os meios disponíveis” para defender o seu território — especialmente numa fase do conflito em que já conseguiu anexar quatro províncias do leste ucraniano.

Além disso, Putin fez questão de relembrar todos os ouvintes de uma das maiores catástrofes mundiais, fazendo referência à decisão do presidente Harry S. Truman de lançar as bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, há 77 anos, de forma a criar um precedente, desenvolve o jornal norte-americano.

Apesar da frequência dos discursos violentos, as autoridades americanas ainda acreditam que a probabilidade de Putin utilizar armamento nuclear é baixa. No plano americano, esta estratégia não seria favorável à diplomacia russa, pois uma análise recente do Pentágono sugeriu que os benefícios militares seriam poucos e uma resposta internacional enraivecida, iria desestabilizar as potências do seu lado, como a China, cujo apoio a Rússia precisa, detalha a mesma fonte acima mencionada.

No entanto, alguns analistas russos sugeriram explodir uma destas armas num local isolado como por exemplo, o Mar negro, como demonstração de poder, ou até mesmo atingir uma base ucraniana, descreveu o The Washinghton Post.

Estas hipóteses e ameaças são exatamente a fase da história que a grande maioria dos americanos e russos não queriam ver repetida, pensando ter terminado quando se deu o colapso da União Soviética.

Praça Vermelha enche-se de música e bandeiras russas. Em Moscovo celebrou-se a anexação de regiões ucranianas