Paulo Portas entende que pode estar em curso um processo que levará à construção de um novo aeroporto de raiz, solução que custaria “sete a nove vezes mais” do que a solução encontrada pelo Governo de Pedro Passos Coelho e que passava por manter a Portela com Montijo como aeroporto complementar.

No seu habitual espaço de comentário, na TVI, o ex-líder do CDS recordou que, enquanto antigo vice-primeiro-ministro e na qualidade de membro de um governo que tinha vários elementos do partido democrata-cristão (Pires de Lima, Adolfo Mesquita Nunes, Cecília Meireles), esteve envolvido na decisão que então foi tomada sobre o projeto “Portela mais um”. E lamentou: “Passaram 7 anos e estamos na mesma.”

Pior do que tudo, continuou o democrata-cristão, “este acordo com o PSD parece um adiamento, mas é uma forma de levar o país para fazer uma coisa que não é obrigatória e que é caríssima — um aeroporto de raiz”.

Para Portas, a metodologia encontrada entre Governo e sociais-democratas — e que implicará a avaliação de várias possíveis soluções para o novo aeroporto — indicia que a vontade do Executivo socialista é mesmo construir um novo aeroporto, que não tem “avaliação ambiental, declaração de impacte ambiental”, que obrigará a “expropriações” e que terão necessariamente de ser negociadas.

Mais: se a TAP for vendida a europeus, argumentou Portas, o “hub de Lisboa não vai crescer muito mais”, o que tornará a construção de um aeroporto de raiz ainda mais injustificável.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR