O governador russo da Crimeia, península ucraniana anexada pela Rússia em 2014, falou este domingo do sentimento de vingança que paira na região depois do ataque à ponte de Kerch. “A situação é administrável — é desagradável, mas não fatal”, disse Sergei Aksyonov, que falava aos jornalistas, segundo avança a Sky News.
“É claro que as emoções foram desencadeadas e há um desejo saudável de procurar vingança”, sublinhou SergeiAksyonov.
A explosão na ponte provocou a morte de 3 pessoas e, até agora, não foi reivindicado. Vladimir Putin, Presidente russo, considerou o ataque um ato de terrorismo e apontou o dedo à Ucrânia.
Explosão na ponte da Crimeia foi um ataque terrorista da Ucrânia, acusa Vladimir Putin
Segundo a RIA Novosti, agência de informação estatal russa, Putin também já foi informado de quem são os suspeitos. A fonte é o presidente do Comité de Investigação do acidente Alexander Bastrykin que esteve reunido com o Presidente russo. “Não há dúvida. Este é um ataque terrorista destinado a destruir uma infraestrutura civil crítica e importante da Rússia”, enfatizou Bastrykin, citado pela agência.
Na véspera, dia do ataque, o Presidente ucraniano não deixou passar o sucedido em branco. “Hoje foi um dia bom e de muito sol no território do nosso Estado”, disse, no seu habitual discurso televisivo da noite, Volodymyr Zelensky. “Infelizmente, estava nublado na Crimeia, embora também estivesse quente. Mas não importa quais sejam as nuvens, os ucranianos sabem o que fazer. E eles sabem que nosso futuro é ensolarado.” Apesar das palavras, e à semelhança do que outros políticos ucranianos fizeram, Zelensky não reivindicou o ataque, mas não escondeu a sua satisfação.